É o terceiro de 30 dias de greve com bloqueios de estradas em todo o país. Primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, critica isenção de taxas aduaneiras na importação de produtos agrícolas ucranianos, sublinhando que a guerra na Ucrânia não pode ser desculpa para concorrência desleal.
Os agricultores polacos estão no terceiro de 30 dias de greve contra a política ambiental da União Europeia e as importações a custo reduzido de produtos agrícolas da Ucrânia.
Os bloqueios de estradas vão manter-se por todo o país até 10 de março. Nos últimos dias, os trabalhadores do setor agrícola também bloquearam postos de fronteira com a Ucrânia, pedindo ao governo que implemente medidas para proteger os produtos polacos.
O primeiro-ministro Donald Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu e visto como um rosto do poder de Bruxelas, diz que se opõe à extensão do acordo de livre comércio entre a União Europeia e a Polónia, tendo anunciado recentemente controlos mais apertados sobre a importação de bens na fronteira com a Ucrânia.
Tusk refere que a guerra na Ucrânia não pode ser um pretexto para que haja concorrência desleal e, por isso, manteve a proibição de importação de milho e trigo baratos da Ucrânia, para proteger os produtores locais da descida do preço do grão. A proibição tinha sido decretada pelo anterior governo eurocético.
Os agricultores polacos estão contra o fluxo descontrolado de cereais ucranianos e outros produtos agrícolas no mercado nacional. Pedem subsídios agrícolas e uma política fiscal mais favorável.