Esquerda europeia elege Walter Baier como candidato principal para as eleições de junho

Walter Baier na reunião da Esquerda Europeia em Ljubljana, Eslovénia, a 24 de fevereiro de 2024.
Walter Baier na reunião da Esquerda Europeia em Ljubljana, Eslovénia, a 24 de fevereiro de 2024. Direitos de autor Aïda Sanchez/Euronews
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De  Aida Sanchez Alonso
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Artigo publicado originalmente em inglês

Baier, o atual presidente do partido, com pouca experiência europeia, era o único candidato. Foi eleito numa assembleia à porta fechada na Eslovénia.

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A Esquerda Europeia elegeu no sábado o austríaco Walter Baier como o seu "spitzenkandidat", ou seja, como cabeça de lista nas eleições europeias de junho.

Baier, 70 anos, oriundo do partido comunista austríaco, é presidente do grupo desde dezembro de 2022, mas tinha, até então, pouca experiência na política europeia.

Baier defendeu a sua falta de credenciais europeias na reunião do grupo em Liubliana, Eslovénia, no sábado, dizendo aos jornalistas que "falando francamente, a Europa não é apenas Bruxelas".

"A Europa são 27 nações, centenas de cidades e milhões de cidadãos. A Esquerda Europeia quer ser a voz dessas pessoas, cujas vozes raramente são ouvidas em Bruxelas", afirmou.

Apesar de ser o "spitzenkandidat" do grupo, Baier não faz parte de nenhuma lista nacional e, por isso, não se vai candidatar a um lugar de deputado europeu.

A assembleia do partido, que ao contrário dos outros grupos, decorreu à porta fechada, serviu também para acordar um manifesto para as eleições europeias que se realizam de 6 a 9 de junho.

A esquerda definiu cinco prioridades para a próxima campanha: direitos civis, paz e democracia, custo de vida, crise climática e serviços públicos e direitos sociais.

Um caminho difícil até à Comissão Europeia

O sistema de escolha dos candidatos "cabeças de lista", também conhecido como "processo Spitzenkandidaten", permite aos partidos europeus escolher o seu líder para as eleições europeias. Se o partido obtiver o maior número de lugares, o proponente torna-se o principal candidato ao cargo de Presidente da Comissão Europeia.

A atual presidente, Ursula von der Leyen, é de momento a mais votada, depois de ter anunciado, no início desta semana, a sua vontade de se candidatar a um segundo mandato. Espera-se que seja formalmente apoiada como "cabeça de lista" do Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, na conferência do grupo no início de março. O PPE é o maior grupo do hemiciclo e prevê-se que continue a sê-lo após o escrutínio.

Os Verdes já escolheram Terry Reintke e Bas Eickhout como os seus líderes para as eleições, enquanto os Sociais-Democratas deverão eleger Nicolas Schmit, o atual Comissário Europeu para o Emprego e os Direitos Sociais, para o cargo na sua reunião da próxima semana.

As hipóteses de a esquerda ganhar a liderança da Comissão Europeia são muito reduzidas.

O partido está muito dividido à entrada para as eleições e, embora as atuais projeções do "EU Elects", um agregador de sondagens, prevejam que o grupo possa aumentar o seu número de lugares de 37 para 42, uma remodelação dos partidos após o plebiscito de junho poderá, na realidade, fazer com que perca alguns deputados europeus.

O recém-criado partido espanhol Sumar, por exemplo, juntou-se anteriormente às fileiras do Podemos, partido afiliado à esquerda europeia, mas sugeriu recentemente que poderia juntar-se aos Verdes.

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