Um comissário europeu para a proteção dos direitos das minorias e o reconhecimento pela UE do direito à autodeterminação das regiões que aspiram à indpendência são propostas da Aliança Livre Europeia, no seu manifesto para as eleições europeias.
O modelo de integração que a Aliança Livre Europeia defende é uma Europa baseada nas regiões. O bloco deve estar mais atento à diversidade dos seus povos, disse à euronews uma das candidatas, após a apresentação do manifesto, sexta-feira, em Bruxelas.
"Considero que as minorias nas nações são um elemento fundamental da União Europeia, são a diversidade na UE e a maioria delas necessitam de proteção e de medidas para desenvolver os seus direitos", referiu Maylis Rossberg, que representa a comunidade dinamarquesa que vive na Alemanha.
Défices de representação
O ex-eurodeputado catalão Raül Romeva é outro dos nomes na lista de candidatos. O político foi condenado a 12 anos de prisão pela sua participação no referendo para a independência da província espanhola da Catalunha, em 2017.
Romeva cumpriu parte da pena e obteve um pedrão, mas não não pode ter atividade política até 2030, pelo que a sua candidatura é simbólica.
"É basicamente uma forma de enviar uma mensagem de que a UE tem défices importantes em termos de representação, não só em termos de representação das nações, mas também das línguas, das minorias, das opções", disse, à euronews.
"Eu sei que há muitas vozes que, no quadro dos Estados, no quadro dos grandes partidos com lógica de Estado, não se sentem representadas", acrescentou.
Este partido político europeu que defende a descentralização, tem atualmente dez eurodeputados A maior deles estão na bancada dos Verdes.
Os três membros do partido nacionalista da Flandres, uma região da Bélgica , integram o grupo Conservadores e Reformistas Europeus, de extrema-direita.