Apesar do clima de instabilidade, os turistas continuam a chegar ao país e manifestam intenções de continuar a visitar.
França é um dos principais destinos turísticos de verão no mundo, mas as habituais imagens idílicas contrastam fortemente com as cenas de protestos visíveis recentemente.
O país tem sido palco de uma vaga de contestação por causa da morte do jovem francês Nahel, abatido pela polícia.
As manifestações também chegaram a Lyon, um importante destino turístico. Os comerciantes e empresários da restauração queixam-se.
"Sábado foi a pior noite para o negócio em três anos, incluindo a época baixa. As ruas estavam mortas, não se via ninguém. Era como estar de volta ao tempo da pandemia de Covid-19”, explicou, em entrevista à Euronews, Hugo Neyrand, proprietário de um restaurante.
Esta não é a primeira vez que as pessoas vão para as ruas este ano.
A violência também aumentou durante os protestos contra a anunciada reforma do sistema de pensões.
Mas desta vez, governos de todo o mundo emitiram alertas para quem viaja para França. Ainda assim, de acordo com a Federação de Turismo de França, a última vaga de tumultos teve um impacto limitado nas visitas ao país.
"A violência foi dirigida principalmente às lojas, e não aos turistas”, explicou François de Canson, que lidera a federação.
Alguns turistas foram apanhados no calor do momento.
“Ouvi petardos. Pareciam tiros. Não tenho certeza do que era. As pessoas ficaram com medo e eu também. Voltei rapidamente para casa”, disse, à Euronews, Catherine Cuchet, uma turista da Grécia.
Spencer White, um turista americano, acrescentou: “não assistimos a nenhum tumulto, mas tivemos de sair de Marselha mais cedo para escapar à paralisação dos comboios."
Outros turistas tiveram de tranquilizar familiares, amigos e até os pais que estavam a acompanhar à distância os distúrbios em França.
"Fomos cuidadosos com o que estava a acontecer, mas não estávamos com medo. No entanto, os pais de alguns dos meus alunos estavam preocupados”, revelou a professor porto-riquenha Bernice Rivera, que estava de visita ao país com um grupo de alunos.
Apesar do clima de tensão social em França, os turistas parecem dispostos a manter os planos de férias de verão.