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Xi Jinping assinala 25 anos do bombardeamento da embaixada chinesa em Belgrado

Edifício em Belgrado enfeitado com gigantesca bandeira chinesa
Edifício em Belgrado enfeitado com gigantesca bandeira chinesa Direitos de autor Darko Vojinovic/AP
Direitos de autor Darko Vojinovic/AP
De  Ricardo FigueiraEuronews
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O episódio, parte da guerra do Kosovo em 1999, azedou as relações entre a China e o Ocidente.

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O presidente chinês Xi Jinping visita a Sérvia quando passam 25 anos sobre um episódio que azedou as relações entre a China e o Ocidente: o bombardeamento, por parte da NATO, da embaixada chinesa na então Jugoslávia, em Belgrado.

A série de bombardeamentos da NATO, muito criticada, teve como objetivo parar a ofensiva das tropas de Slobodan Milošević no Kosovo. O ataque à embaixada da China, a 7 de maio de 1999, matou três pessoas, todas de nacionalidade chinesa, e deixou 20 feridas, além de ter provocado um incêndio no edifício.

Na altura, os Estados Unidos pediram desculpa e disseram que se tratou de um erro. O episódio ajudou a aproximar a China da Sérvia. Pequim é atualmente o segundo parceiro comercial mais importante do país dos Balcãs, depois da União Europeia. O sentimento pró-chinês é visível nas ruas de Belgrado, com uma gigantesca bandeira chinesa erguida num dos arranha-céus da capital sérvia.

Aposta forte do investimento chinês na Sérvia

Nos últimos anos, o investimento chinês tem vindo a afluir à Sérvia, um país que não é membro da União Europeia. Pequim possui minas e fábricas e está a financiar a construção de uma linha ferroviária entre Belgrado e Budapeste. Os comboios russos que aí circulam serão em breve substituídos por locomotivas chinesas.

Ao mesmo tempo, a China é acusada de poluição e degradação ambiental na Sérvia: "Em países como a Sérvia, de certa forma, a economia está na vanguarda, enquanto a ecologia está na retaguarda", diz Mijat Lakićević, analista económico da Novi Magazin, uma revista económica sérvia.

Uma fábrica de pneus chinesa também é acusada de tráfico de seres humanos e exploração de trabalhadores vietnamitas e indianos no país dos Balcãs.

Etapa na Hungria

Xi Jinping visita de seguida a Hungria, considerada um país próximo de Pequim e de Moscovo.

O primeiro membro da União Europeia a aderir às Novas Rotas da Seda é visto como a porta de entrada de Pequim na Europa. Na Hungria, a China está a investir maciçamente em fábricas de veículos eléctricos: "Provavelmente devido ao crescente nível de protecionismo na Europa, para os chineses é agora muito importante deslocalizar pelo menos parte da sua unidade de produção da China para a Europa, a fim de permanecerem e produzirem dentro dos limites da União Europeia", diz Tamas Matura, analista e fundador do Centro de Estudos Asiáticos da Europa Central e Oriental.

Por outro lado, Bruxelas defende medidas protecionistas. Em particular, a Comissão Europeia abriu um inquérito sobre os subsídios chineses aos veículos elétricos e aos painéis solares, acusados de distorcer a concorrência.  

Xi Jinping visita estes dois países com relações difíceis com o resto da Europa, depois da passagem por França, num périplo por vários países europeus que pretende desanuviar as relações entre a China e a Europa, que passam por uma altura difícil, nomeadamente devido à guerra na Ucrânia. Esta é a primeira visita de Xi Jinping à Europa em cinco anos.

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