Ministério do Interior tunisino revelou vídeo dos dois alegados atacantes que mataram 21 pessoas no museu do Bardo. Pelo menos um teria um cinto que se suspeita ser de explosivos
O Ministério do Interior da Tunísia revelou este sábado, através da conta oficial no Facebook, um vídeo com quase um minuto em que se vê o que dizem ser os dois homens armados que invadiram quarta-feira o museu do Bardo, em Tunes, num ataque que acabou com a morte de 23 pessoas, incluindo os dois atacantes, um polícia e pelo menos 17 turistas estrangeiros.
Curioso é o momento, por volta dos 58 segundos do vídeo, em que os dois homens armados se cruzam com um outro homem que descia um lanço de escadas sem o atacarem. O terceiro homem afasta-se aparentemente sem qualquer receio ou pavor de se ter cruzado com dois homens armados de metralhadoras.
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Os dois alegados atacantes acabaram mortos pelas autoridades tunisinas e estariam na posse de cintos de explosivos que não conseguiram acionar. Foram identificados como Yassine al-Abidi e Hatem Jachnaoui, seriam dois tunisinos que em dezembro rumaram à Líbia, onde receberam treino de uso de armas, regressando à Tunísia para conduzir este ataque.
O alvo principal seria o Parlamento da Tunísia, onde se discutia quarta-feira o agravamento das leis antiterrorismo no país. Falhado o alegado assalto ao Parlamento, os atacantes fugiram para o museu, onde terão morto 21 pessoas – vinte delas turistas oriundos de países como o Japão, a Espanha, a França ou a Polónia.
Junto à casa de Yassine, um dos atacantes, o sentimento era de consternação. O atentado e as mortes foram lamentados, mas uma amiga da família – identificada como Ana – assumiu-se porta-voz e apelou às autoridades para encontrarem os responsáveis por terem arrastado o amigo para aquela situação.
“Este nosso filho matou alguém, ok! Estamos tristes pelas pessoas que morreram e também pelo polícia que deixou um filho órfão. Mas este nosso filho também foi uma vítima. Encontrem as pessoas que o arrastaram para cometer isto. Vão às mesquitas, procurem nas mesquitas”, apelou Ana.
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As autoridades tunisinas já detiveram, entretanto, cerca de 20 suspeitos de envolvimento direto ou indireto no ataque de quarta-feira, que já foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, o mesmo que tem vindo a espalhar o terror pelo Iraque e pela Síria, onde pretende implantar um califado “jihadista.”