Guarda fronteiriça ucraniana deteve militar russo que aprovisionava os separatistas

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De  Maria-Joao Carvalho com exclusivo euronews
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Como furar a linha de combates entre as tropas governamentais e os separatistas pró-russos na Ucrânia oriental, violando o cessar-fogo assinado em

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Como furar a linha de combates entre as tropas governamentais e os separatistas pró-russos na Ucrânia oriental, violando o cessar-fogo assinado em fevereiro passado?
A Euronews encontrou-se com um oficial russo capturado, que explica como foi recrutado para ajudar os separatistas em território ucraniano.

Vladimir Starkov foi preso em 25 de julho quando atravessava o posto de controlo de Berezove num camião com munições. Seguia em direção a Donetsk, aldeia de Yasne, em território controlado pelos separatistas, mas perdeu-se no caminho e foi surpreendido por uma patrulha da fronteira ucraniana.

A Euronews ouviu-o no centro de detenção de Kiev:

Vladimir Starkov: - No momento da detenção, eu era recruta regular das Forças Armadas da Federação Russa. Sou Major, chefe do serviço de armas de mísseis e artilharia na unidade militar da cidade russa de Novocherkassk.

Questionado pelo serviço de segurança ucraniano, informou que cerca de 2.000 militares russos estão atualmente destacados no leste da Ucrânia.

Muitos deles não voluntário, como Starkov. Quando se apresentou na região russa de Rostov, desconhecia que iria servir no leste da Ucrânia.

Vladimir Starkov Reuniram-nos numa sala de conferências e anunciaram-nos que a posições seriam as prometidas, mas devíamos fazer o nosso serviço militar na Ucrânia: nas Repúblicas Donetsk e Lugansk os militares foram proibidos de informar as famílias.

Vitaly Lytvinenko, Assessor de imprensa do Serviço de Segurança da Ucrânia, mostra documentos e demais material apreendido:

**- Este armamento não a fabricado na Ucrânia e aqui podemos ver o documento: é propriedade da unidade militar russa.**Depois da prisão, Starkov tentou ligar para a família, mas as ligações telefónicas estão interrompidas.

A Euronews tentou falar com a mulher, Larissa, mas ouviu a mensagem que o detido ouviu: ?Desculpe, esta chamada não pode ser realizada.?

O ministério russo da Defesa e a Embaixada da Rússia em Kiev ignoraram o pedido Euronews para comentar a detenção de Starkov.

A Rússia sempre negou o envio dos seus militares para a Ucrânia.

Quando dois outros soldados russos foram presos, em maio passado, Moscovo alegou que já tinha retirado todo o contingente.

Starkov é acusado de terrorismo.

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