Presidenciais em Portugal: O descanso de Cavaco e a sombra da abstenção

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Portugal elege hoje o sucessor de Cavaco Silva, assumidamente “cansado” após dois mandatos consecutivos, durante um sufrágio presidencal marcado por

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Portugal elege hoje o sucessor de Cavaco Silva, assumidamente “cansado” após dois mandatos consecutivos, durante um sufrágio presidencal marcado por uma abstenção elevada e um número recorde de candidatos.

Às 16h00 37,69% dos mais de 9 milhões de eleitores tinham votado, uma ligeira subida, comparada com 2011, que parece distante ainda dos apelos ao voto dos dez candidatos, dois dos quais mulheres.

Todos os candidatos já votaram esta manhã.

As primeiras estimativas deverão ser anunciadas às 20h00 locais quando o próximo chefe de Estado, com o poder de dissolver o parlamento, deverá coabitar com um governo socialista cuja maioria depende do apoio do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda no parlamento.

Cavaco Silva, que abandona o cargo a 9 de março, afirmou esta manhã que, depois de dois mandatos presidenciais consecutivos, “já tem direito ao descanso”.

Os eleitores poderão ir a uma segunda volta no dia 14 de fevereiro, caso nenhum dos candidatos obtenha mais de 50% dos votos.

A luta contra a abstenção anuncia-se renhida, depois de mais de 53% dos eleitores ter evitado as urnas em 2011, durante a reeleição de Cavaco.

Entre os abstencionistas deste ano encontram-se os cerca de 1.600 eleitores da freguesia de Muro, perto do Porto, no norte do país. Os residentes decidiram boicotar o sufrágio, quando exigem o prolongamento da linha de metro até à cidade da Trofa.

O resultado das eleições deste domingo deverá ser analisado à lupa por todos os partidos, em especial pelas duas formações que apoiam no parlamento o governo socialista, que apresentam à eleição os candidatos Edgar Silva (PCP) e Marisa Matias (BE).

A jornada eleitoral foi marcada também pelas declarações do líder do CDS/PP, Paulo Portas, numa assembleia de voto, que se encontram a ser analisadas como uma possível violação da lei eleitoral pela Comissão Nacional de Eleições.

Portas tinha afirmado, “se houver boa participação, o assunto pode ficar resolvido à primeira volta”. Declarações que, para a CNE, “podem ser entendidas como uma declaração de apoio a um dos candidatos”.

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