A Etiópia está à beira de uma crise humanitária. Segundo os peritos, esta seca é mais grave que a que causou a fome dos anos 80.
A Etiópia está a viver uma das maiores secas de que há memória. Segundo vários peritos, as condições são piores que em 1984, altura em que a seca gerou uma fome que matou milhares de pessoas e comoveu o mundo inteiro.
A situação é particularmente grave na região de Somali, zona mais a leste do país, junto à fronteira com a Somália.
A ONG Save the Children alerta para uma crise humanitária e para a falta de resposta da comunidade internacional: “Esta é, de longe, a pior resposta da comunidade internacional que já vi. É verdade que há outras crises, há obviamente a situação na Síria e a crise migratória, que estão a atrair muita atenção. Não vejo que estejam a dar atenção à Etiópia, sobretudo tendo em conta que o número de pessoas afetadas é muito maior que em qualquer anterior seca no país, mesmo a de 1984”, alerta John Gram, diretor local desta ONG.
In Ethiopia, children are facing the worst drought in 50 years > https://t.co/wEiKYsmuLYpic.twitter.com/AXJKm1oRsH
— Save the Children UK (@savechildrenuk) January 25, 2016
Só na região de Somali, 24 dos 68 distritos foram classificados como em emergência máxima. A seca fez já mais de 67.000 deslocados. A Save the Children está particularmente preocupada com 350.000 recém-nascidos que podem vir a sofrer com a fome e a seca até ao verão deste ano.