Ancara foi palco de uma manifestação em defesa do Estado laico fundado por Ataturk, depois das declarações polémicas do presidente do parlamento.
Ancara foi palco de uma manifestação em defesa do Estado laico fundado por Ataturk, depois das declarações polémicas do presidente do parlamento.
O protesto degenerou em confrontos com a polícia, que utilizou gás lacrimogéneo e efetuou várias detenções.
Estavam também previstas manifestações noutros pontos do país contra Ismail Kahraman, membro do partido islamo-conservador AKP, no poder, que defendeu a exclusão do secularismo – princípio fundador da Turquia moderna – numa nova Constituição. O presidente do Parlamento afirmou que “só há três países que incluem o secularismo na sua Constituição: a França, a Irlanda e a Turquia e […] o país não devia evitar o conceito de uma Constituição religiosa. Devia incluir a religião”.
Desde a chegada ao poder, em 2002, o AKP é acusado pelos opositores de querer islamizar a sociedade turca. Um dos dirigentes do partido afirmou, no entanto, que o presidente do Parlamento “não falou em nome” da formação.