Salah Abdeslam julgado em França e pronto a falar

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O inimigo público número um na Europa, Salah Abdeslam, único sobrevivente dos autores dos atentados de novembro 2015 em Paris, vai enfrentar a

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O inimigo público número um na Europa, Salah Abdeslam, único sobrevivente dos autores dos atentados de novembro 2015 em Paris, vai enfrentar a justiça do seu país de origem, a França. Este francês de 27 anos, que viveu toda a vida na Bélgica, deseja explicar os seus atos e ser julgado em França e, segundo o seu advogado belga, Sven Mary, aceitou a extradição, após ter resistido.

- “Ele quer partir para França, o mais depressa possível”. – “Porque é que mudou de atitude?” – “Penso que é porque na Bélgica só existe uma pequena parte do processo e ele quer explicar os seus atos em França e isso é bom”, comentou com os jornalistas.

Em França, Abdeslam conta com a colaboração na defesa de um peso pesado da advocacia, Franck Berton. Em conjunto com o advogado belga, este cinquentão muito mediatizado pelos casos que tem defendido, vai tentar defender o indefensável.

“Encontrei um rapaz debilitado, que quer falar e penso que isso é importante porque a justiça precisa de saber, as famílias das vítimas precisam de saber e ele quer fazer isso. Foi o que percebi da conversa que tivémos, uma conversa de mais de duas horas”, disse Breton, no seu primeiro comentário sobre o caso.

O que terá Salah Abdeslam a dizer e, sobretudo, porque quer fazê-lo em França? Como irá construir a defesa, este jovem que levou uma vida dita normal até 2011 e que, de repente, se radicalizou e participou em atos terríveis?

O papel que desempenhou nos atentados é uma das principais incógnitas. Por enquanto conhece-se a sua ação na logística. Foi ele que reservou os hotéis para os terroristas, foi também ele que os conduziu no carro preto que o mundo inteiro viu. Depois, sabe-se que atravessou Paris de metro e deitou num caixote do lixo um cinto carregado de explosivos. Porquê? Talvez esta questão encerre a estratégia da defesa.

Embora se trate de “defender o indefensável”, o advogado belga acredita que, na forma como Abdeslam fala do que se passou em França, há matéria para refletir quanto à sua defesa”.

Sven Mary descreve o arguido como alguém que tem a “inteligência de um cinzeiro vazio”, um “vazio abissal”. Mas qualquer que seja o QI de Abdeslam, ele é o único a possuir as informações sobre os atentados de Paris e as indicações preciosas sobre a constituição deste tipo de células terroristas na Europa.

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