Arrancou a campanha para o referendo na Hungria sobre o plano de relocalização dos refugiados na União Europeia.
Arrancou a campanha para o referendo na Hungria sobre o plano de relocalização dos refugiados na União Europeia. A consulta popular vai realizar-se a 02 de outubro e o referendo britânico promete ser um dos argumentos de peso dos que contestam o plano traçado por Bruxelas para distribuir 160 mil requerentes de asilo no espaço comunitário.
“Uma das principais conclusões do executivo após o Brexit é que a voz das pessoas deve ser ouvida e o referendo no Reino Unido está a ser utilizado na campanha aqui na Hungria. O Governo pretende com isto reforçar o poder na União Europeia e dizer que afinal é isto que a maioria das pessoas quer” refere a analista política Edit Zgut.
Para travar a entrada de migrantes no país, o Governo húngaro reviu a lei migratória e mandou erguer muros nas fronteiras com a Sérvia e a Croácia. Agora, e durante a campanha para o referendo o primeiro-ministro pretende utilizar a estratégia do medo e passar a mensagem de que entre os refugiados há, também, terroristas.
Andrea Hajagos: “A campanha começa oficialmente agora. Além dos partidos no poder, provavelmente, também o Jobbik de extrema-direita vai fazer campanha pelo não a Bruxelas. Já os partidos de esquerda prometem bater-se pelo sim.”
Os referendos na Hungria registam, por norma, uma baixa participação e ficam abaixo da percentagem (50) necessária para que possa ser considerado válido.