O Hajj, o que significa?

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O Hajj, que significa “peregrinação” em árabe, é um ritual histórico para simbolizar o desapego e arrependimento durante um periodo de reflexão.

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O Hajj, que significa “peregrinação” em árabe, é um ritual histórico para simbolizar o desapego e arrependimento durante um periodo de reflexão. É um dos cinco pilares do Islão com o testemunho, a reza, a esmola e o ramadão.

A peregrinação muçulmana passa pelas cidades de Meca, Mina, Arafat e Muzdalifah.

Todos os anos, milhões de muçulmanos de diversos países fazem a peregrinação anual que terá início no próximo sábado, dia 10, sendo obrigação de todo muçulmano com condições financeiras e físicas.

Em redor da Caaba, a pedra sagrada que fica na mesquita de Al Masjid Al-Haram, milhares de crentes caminham. É o primeiro passo da peregrinação que consiste em executar sete voltas em torno deste local. Depois os peregrinos devem percorrer a distância entre os montes Al Safa e Al Marua sete vezes. Ao final, o peregrino deve rapar ou cortar o cabelo e remover a veste branca que representa o desapego a valores e bens.

Origem do Hajj

A história do Hajj remonta aos fundamentos do islamismo. Segundo a religião, Deus ordenou que Abraão – considerado pai de todos os profetas – erguesse, junto com o filho Ismael, os pilares da Caaba (meteorito, que fica em Meca, considerado sagrado pelos muçulmanos) e fizesse o chamamento para que o povo viesse em peregrinação.

Contam os muçulmanos que Abraão viu em sonho que sacrificava o filho Ismael e levou-o para a morte. No caminho, foi tentado três vezes por Satanás e apedrejou-o com sete pedras. No momento do sacrifício, a faca não cortou. Deus, então, enviou o anjo Gabriel para dizer a Abraão que havia concluído a prova e sido sincero. No lugar do filho foram sacrificados cordeiros.

A peregrinação implica seguir os passos do profeta. Os muçulmanos caminham pelos mesmos locais da história, atiram pedras contra as paredes e sacrificam um animal, distribuindo carne aos pobres.

De acordo com a tradição do Islão, a fundação de Meca foi realizada por descendentes de Ismael, primeiro filho de Abraão. Durante o século VII, a cidade funcionava como um grande centro comercial.

Em 1916, com o final do domínio Otomano no território, foi fundado o Reino Hashemita do Hejaz por governantes regionais.

Em 1925 Meca foi tomada pela Dinastia Saudita. Desde então, a cidade passou por um processo de crescimento muito rápido no que se refere à infraestrutura e ao tamanho.

Localizada na região histórica do Reino Hashemita do Hejaz, Meca conta com uma população de 1,7 milhões de habitantes, e situa-se a 73 km de Jidá (cidade do litoral), num vale estreito que fica 277 m acima do nível do mar.

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