Al-Qaida do Magrebe reivindica atentado com 77 mortos no norte do Mali

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De  Francisco Marques
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O ataque ocorreu esta quarta-feira de manhã através de pelo menos um bombista ao volante de um carro armadilhado; um avião português ajudou a transportar as vítimas.

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O braço armado da AQIM, a Al-Qaida do Magrebe islâmico, reivindicou o ataque desta quarta-feira em Gao, no norte do Mali. No comunicado, foi precisado que ataque terá sido realizado pelo Al Mourabitoune, um grupo aliado da AQIM, e o atacante fo identificado como abdul Hadi al-Fulani.

Pelo menos 77 pessoas terão morrido e dezenas de outras ficaram feridas, adiantou o jornal do Mali.

#Mali
La répartition des victimes de l'attentat de ce matin à #Gao serait de
CMA 32: morts
Plateforme: 27 morts
FAMas: 18 morts

— JournalduMali (@JourDuMali) 18 de janeiro de 2017

De acordo com a mesma fonte, citando uma testemunha, Souleymane Ag Anara, “camera men” correspondente da agencia Reuters, um veículo todo-o-terreno explodiu no meio de um campo militar onde estavam elementos de várias forças de segurança.

Terá sido um ataque suicida. O veículo, “um Land Cruiser de cor cinzenta ou castanha, tinha o símbolo do MOC (o Mecanismo Operacional de Coordenação do Mali) e era novo”, recorda Souleymane Ag Anara.

EXCLUSIF! témoignage#Gao#Attentat
Souleymane Ag Anara : « Avec tous les combats que j’ai couvert, je n’avais… https://t.co/RO1PCl86bc

— JournalduMali (@JourDuMali) 18 de janeiro de 2017

“Havia um grupo de guardas senegaleses posicionados à entrada, mas não fizeram grande coisa”, relata a testemunha, explicando que o condutor conseguiu entrar no campo e ao ver um grupo de militares em exercícios, dirigiu-se a eles e, pelas 09:00 horas da manhã locais deu-se a explosão.

Um avião C-130 da força aérea portuguesa, destacado no Mali ao serviço da MINUSMA (Missão Multidimensional integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali) no campo militar de Bifrost, perto do aeroporto da capital Bamaco, foi mobilizado pelas Nações Unidas (ONU) para o transporte das vítimas do atentado.

A participação portuguesa na missão da ONU no Mali está estacionada no campo de Bifrost e integra 75 militares. Em dezembro, o contingente português recebeu a visita do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que esta quarta-feira comunicou à comissão parlamentar da Defesa a ocorrência do ataque, do qual, garantiu, não resultaram vítimas portuguesas.

#Mali: UN</a> condemns suicide bombing of <a href="https://twitter.com/hashtag/Gao?src=hash">#Gao</a> military camp, calling a ‘direct attack’ on peace process <a href="https://t.co/rYjFQvKhRv">https://t.co/rYjFQvKhRv</a> <a href="https://t.co/pjPWYSzeye">pic.twitter.com/pjPWYSzeye</a></p>&mdash; UN News Centre (UN_News_Centre) 18 de janeiro de 2017

No campo militar de Gao estão estacionados cerca de 600 militares, pertencentes às FAMA (Forças Armadas e de Segurança do Mali), às CMA (Coordenação de Movimentos rebeldes de Azawad) e da Plataforma, mobilizados para realizarem patrulhas mistas da região ao abrigo de um acordo de paz negociado pela ONU para pôr fim à violência no norte do Mali.

Na sequência do atentado desta quarta-feira, o Presidente do Mali decretou três dias de luto nacional.

MALI | Attentat-sucide dans un camp de Gao. Le Pdt #IBK décrète un deuil national de trois jours. pic.twitter.com/oMrW7njpaj

— Presidence Mali (@PresidenceMali) 18 de janeiro de 2017

25px; height: 0;”>

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