O líder centrista François Bayrou decidiu não se apresentar pela quarta vez às presidenciais francesas e apoiar o candidato independente Emmanuel Macron, visto como vencedor potencial numa hipotética
O líder centrista François Bayrou decidiu não se apresentar pela quarta vez às presidenciais francesas e apoiar o candidato independente Emmanuel Macron, visto como vencedor potencial numa hipotética segunda volta.
O presidente do MoDem afirmou que “a situação [atual] alimenta o pior dos riscos: uma ascensão da extrema-direita, que faz planar a ameaça de um perigo enorme e imediato para o país e para a Europa”. Bayrou acrescentou que “porque o risco é enorme”, decidiu “oferecer a Emmanuel Macron uma aliança”.
O líder do movimento “Em Marcha!” aceitou a proposta através do Twitter, frisando que reflete “o processo de convergência” que defende desde que lançou a sua candidatura.
L'alliance proposée par
Bayrou</a> porte sur les valeurs, les idées, s'inscrit dans la démarche de rassemblement qui est la nôtre. Je l'accepte</p>— Emmanuel Macron (
EmmanuelMacron) February 22, 2017
Se Macron conseguir ser o segundo mais votado na primeira volta das eleições presidenciais, as sondagens indicam, de forma unânime, que vencerá face à atual favorita, a candidata da extrema-direita Marine Le Pen, na segunda volta.
O apoio de Bayrou surpreendeu muitos, já que, há menos de um mês, dizia no Twitter “não saber quem é Macron, nem qual é a sua posição ou com quem quer governar” e sublinhava ter “lido com atenção o discurso [do candidato independente]”, sem “encontrar muita substância”.
Je ne sais pas – à cette date – qui est E. #Macron, quels sont son projet et son positionnement, avec qui il veut gouverner. #BourdinDirect
— François Bayrou (@bayrou) February 1, 2017
J'ai lu avec beaucoup de soin le discours d'
EmmanuelMacron</a> mais je n'y ai pas trouvé beaucoup de substance. <a href="https://twitter.com/hashtag/LeGrandJury?src=hash">#LeGrandJury</a></p>— François Bayrou (
bayrou) February 5, 2017
A decisão poderá propulsar Macron para a frente do conservador François Fillon, que tem perdido terreno nas sondagens e apoios políticos na sequência do escândalo de “empregos fictícios” que envolve a esposa e dois filhos.