Donald Trump assinou um decreto que lança efetivamente o desmantelamento da política de combate às alterações climáticas do predecessor, Barack Obama.
Donald Trump assinou um decreto que lança efetivamente o desmantelamento da política de combate às alterações climáticas do predecessor, Barack Obama.
Rodeado de mineiros, o presidente norte-americano defendeu a medida com o objetivo de reavivar as indústrias da extração, como o petróleo e, sobretudo, o carvão:
“A minha administração está a pôr fim à guerra contra o carvão, um carvão limpo, realmente limpo… Com a ordem executiva de hoje, estou a dar um passo histórico para levantar restrições à energia americana, para reverter a intrusão governamental e para cancelar regras que eliminam empregos.”
Mas as organizações ambientais prometem combater o decreto nos tribunais e os especialistas em energia afirmam que a medida não reduzirá a dependência dos Estados Unidos em termos de combustíveis importados, nem conseguirá ressuscitar a indústria do carvão.
Bob Deans, do Conselho de Defesa dos Recursos Nacionais, diz que “Trump está a sacrificar o futuro pelos preços dos combustíveis fósseis, deixando a fatura para as próximas gerações. Está a virar as costas à promessa de energias limpas e inteligentes para alimentar a prosperidade e a pôr a saúde do planeta face a um risco grave e desnecessário”.
Peritos afirmam que, se Trump conseguir aplicar o decreto energético, será praticamente impossível aos Estados Unidos respeitar os compromissos em termos de redução de emissões poluentes assumidos por Obama na cimeira do clima de 2015, em Paris.