Marc Kasowitz sugeriu ainda que a responsabilidade do antigo diretor do FBI relativamente a fugas de informação para a imprensa poderia dar origem a um processo judicial.
Com Lusa
O advogado pessoal de Donald Trump, como foi apresentado à imprensa Marc Kasowitz, disse aos jornalistas que o presidente dos Estados Unidos da América nunca exigiu ao antigo diretor do FBI, James Comey, qualquer tipo de lealdade.
Marc Kasowitz prestou declarações à imprensa depois de uma audição do antigo diretor do FBI no Congresso dos EUA (câmara baixa).
“Ao contrário de muitas informações falsas divulgadas pela imprensa, o senhor Comey confirmou, por fim, publicamente o que tinha dito ao Presidente em privado: que o Presidente não era alvo de investigação no âmbito do inquérito sobre uma possível ingerência russa [nas eleições presidenciais de 2016], disse Kasowitz.
Por outro lado, o advogado do presidente Trump garantiu que este nunca pediu ou sugeriu a Comey que pusesse fim a qualquer investigação levada a cabo pelo FBI.
O advogado de Trump recordou, por outro lado, que, depois de Comey ter admitido ser o autor de fugas para a imprensa de informação considerada secreta relativa a eventuais interferências de interesses russos nas eleições presidenciais de 2016, caberia agora às autoridades decidirem o que fazer com essa informação.
James Comey admitiu ser responsável, após o seu afastamento por Donald Trump, no passado mês de maio, pelas fugas de informação para a imprensa acerca de notas relativas aos seus encontros com o Presidente dos EUA.
Comey disse que o objetivo era o de desencadear uma investigação independente sobre as alegadas ingerências de Moscovo nas eleições.
“Pedi a um dos meus amigos para enviar o conteúdo das minhas notas a um jornalista. Não o fiz eu mesmo por diversas razões, mas fi-lo porque pensava que isso levaria à nomeação de um procurador especial” independente, contou Comey à Comissão Especial no Congresso dos EUA.