Regresso de Trump a Nova Iorque é alvo de protestos antirracistas

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De  Francisco Marques
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Presidente voltou à Trump Tower, em Manhattan, pela primeira vez desde que tomou posse, mas não foi um momento muito pacífico devido à tragédia de Charlottesville

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Donald Trump regressou segunda-feira a Nova Iorque com uma vaga de protestos a aguardá-lo no centro de Manhattan, junto à Trump Tower, para onde se dirigiu o Presidente dos Estados Unidos.

Milhares de manifestantes aguardavam a comitiva de Trump ao longo da Quinta avenida gritando, por exemplo, “vergonha” ou “este não é o meu presidente” e hasteando cartazes onde pediam a “destituição” do atual chefe de Estado e nos quais também defendiam que “a Casa Branca não é lugar para a supremacia branca.”

Feels good to be home after seven months, but the White House is very special, there is no place like it… and the U.S. is really my home!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 15 de agosto de 2017

Nesta primeira visita de Trump, após a tomada de posse, à torre a que dá nome, a polícia nova-iorquina montou uma apertada operação de segurança no perímetro da Trump Tower, com o objetivo, reportou o jornal New York Post, de evitar o eventual ataque de um bombista suicida.

Pelo menos dois manifestantes terão sido detidos pela polícia.

‘New York hates you!’ some in crowd shout. ‘Fascists love you!’https://t.co/giUWLc4I8a

— Wall Street Journal (@WSJ) 15 de agosto de 2017

A comitiva do presidente conseguiu evitar a manifestação chegando ao edifício por um caminho alternativo.

O foco dos protestos estava na recente tragédia de Charlosttesville, na Virginia, onde um suposto militante ultranacionalista investiu de carro contra uma manifestação antirracismo e acabou por matar uma mulher de 32 anos, deixando ainda 19 feridos.

Em Charlottesville têm-se sucedido as vigílias por Heather Heyer, a vítima mortal da tragédia.

Heather Heyer was killed by a white supremacist in Charlottesville. Family and friends remember her bravery: pic.twitter.com/eXZFhtYQiL

— AJ+ (@ajplus) 15 de agosto de 2017

Na Internet estalou também um duelo cibernético motivado por insultos a mulher atropelada mortalmente na Virginia. Num artigo publicado pelo site neonazi The Daily Stormer, entretanto já desalojado, lia-se que Heather era “gorda e um desperdício para a sociedade”.

“Apesar da indignação fingida dos meios de comunicação, a maior parte das pessoas está feliz com a morte dela porque ela era a definição de inutilidade. Uma mulher de 32 anos sem filhos é um fardo para a sociedade e não tem qualquer valor”, acrescentava a publicação extremista.

A página The Daily Stormer terá sido atacada e sequestrada pelo grupo de “justiceiros” informáticos autointitulado Anonymous.

END OF HATE: ANONYMOUS NOW IN CONTROL OF DAILY STORMER: #TANGODOWN THIS SITE IS NOW UNDER… https://t.co/lmFYc62zhQ

— The Daily Stormer (@Dailystormers) 14 de agosto de 2017

A GoDaddy, plataforma que alojava a página neonazi, decidiu expulsar o The Daily Sotrmer, que tentou alojar-se na plataforma da Google, mas resistiu ali pouco tempo e agora mantém-se aparentemente desligado da rede, apenas com uma conta ativa no Twitter.

The Daily Stormer, a neo-Nazi website, was kicked off of GoDaddy and Google after it mocked Heather Heyer https://t.co/byFbPY0qNh

— The New York Times (@nytimes) 15 de agosto de 2017

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