António Costa apela a verdadeira União Económica e Monetária

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Primeiro-ministro português reforçou a necessidade de união na zona Euro durante discurso de abertura do ano letivo no Colégio da Europa, em Bruges

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“Podemos avançar por pequenos passos, mas não podemos continuar parados a meio do caminho.” António Costa apelou ao reforço da União Económica e Monetária durante a inauguração do ano letivo no Colégio da Europa, em Bruges, seguindo os passos de António Guterres, que tinha sido o orador convidado no ano de 1997.

O primeiro-ministro português sublinhou a necessidade de uma verdadeira convergência económica entre os países da zona Euro, que não podem continuar a funcionar como um conjunto de economias que competem entre si. Nesse sentido, sugeriu que a Zona Euro deveria ser dotada de capacidade orçamental, o que naturalmente exigiria novas soluções institucionais e um maior controlo democrático.

Apesar do optimismo presente no discurso, António Costa não deixou de ter voz crítica, acusando a União Europeia de ter dado uma “resposta tardia, contraditória e insuficiente” à crise económica internacional de 2008, expondo dessa forma as deficiências estruturais da construção do Euro.

O discurso foi dominado pela necessidade de construir uma verdadeira União Económica e nem a saída do Reino Unido assustou o primeiro-ministro português, que considerou mesmo que o “Brexit” serviu para reforçar a união entre os restantes países-membros. Ainda assim, nem só de números falou António Costa.

Antes pelo contrário, logo a abrir lançou as bases para o sucesso da União Europeia e no início de tudo colocou os valores de liberdade, democracia e direitos humanos pelos quais a nossa sociedade se tem regido. Valores de que nos devemos orgulhar e que apesar de os temos por seguros, não podemos cometer o erro de considerar que são irreversíveis, uma vez que “o populismo mina a democracia, o racismo e a xenofobia põem em causa a igual dignidade da pessoa humana.”

Por fim, importa realçar o destaque dado por António Costa a duas figuras que considera essenciais na construção de uma identidade europeia, Simone Weil, pelo seu trajeto de vida que a levou dos campos de concentração nazis ao cargo de presidente do primeiro Parlamento Europeu diretamente eleito pelos cidadãos, e Mário Soares pela sua vida de combate pela liberdade.

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