Libertada família refém dos Taliban na fronteira com o Afeganistão

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De  Antonio Oliveira E Silva
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Autoridades paquistanesas terão chegado ao local graças a dados fornecidos pelo exército dos EUA.

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Uma família, originária dos Estados Unidos, mantida como refém desde 2012, foi libertada no Paquistão, depois de uma operação levada a cabo pelas autoridades.

O presidente Donald Trump agradeceu a ação de Islamabad, que definiu como um exemplo do “respeito” que o país recupera em relação aos Estados Unidos da América.

“Quero agradecer ao Governo paquistanês”, disse Trump, em conferência de imprensa. “Trabalharam muito e penso que começam a recuperar o respeito pelos Estados Unidos. É muito importante.”

A operação teve lugar quando dois próximos do presidente dos EUA, o secretário de Estado Rex Tillerson e o secretário da Defesa, James Mattis, preparam uma visita ao Paquistão, com o objetivo de explicar a Islamabad que o alegado apoio a grupos jiadistas deve acabar.

O exército paquistanês disse ter recuperado “cinco reféns ocidentais” – um canadiano, a sua mulher, dos EUA, e os três filhos do casal – todos “nas mãos de terroristas”.

Coube depois ao presidente dos Estados Unidos revelar as identidades das pessoas libertadas: Caitlan Coleman norte-americana, e o marido, o canadiano Joshua Boyle. Os três filhos do casal nasceram durante o cativeiro.

Segundo a agência francesa AFP, o casal terá, no entanto, recusado embarcar no avião dos EUA, pois Joshua Boyle temeria represálias da parte das autoridades norte-americanas por causa de ligações com um antigo detido em Guantanamo, Omar Khadr.

Em 2009, Boyle casou com Zaynab Khadr, a irmã de Omar Khadr, canadiano detido no Paquistão quando tinha apenas 15 anos e que passou algum tempo em Guantanamo. Dois anos depois, casou-se com Caitlan.

Uma viagem pela Ásia Central que terminou com um rapto no Afeganistão

O casal partiu, em 2012, numa viagem cujo objetivo era conhecer diferentes países da Ásia Central durante seis meses – as antigas repúblicas soviéticas – tendo seguido depois para o Afeganistão.

Em território afegão, foram raptados por membros do Taliban e entregues ao grupúsculo aliado Haqqani, no Paquistão. Apareceram num video, gravado em 2016, no qual pediam ajuda a Barack Obama e a Donald Trump, já com duas crianças, nascidas depois da viagem.

As relações entre os EUA e o Paquistão ficaram marcadas por algum distanciamento depois de 2011, quando o então presidente dos EUA, Barack Obama, autorizou uma operação que terá levado à morte de Ossama Bin Laden, na localidade paquistanesa de Abbottabad.

Com AFP

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