Venezuela expulsa embaixador espanhol

Venezuela expulsa embaixador espanhol
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A tensão aumenta entre a Venezuela e a Espanha. Depois da expulsão do embaixador de Madrid em Caracas por "ingerência" nos assuntos internos, o chefe da diplomacia espanhola afirma que a resposta terá proporção e reciprocidade.

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Persona non grata. É a expressão escolhida por Caracas para o embaixador espanhol no território e a base da sua expulsão da Venezuela.

Os motivos para o afastamento de Jesús Silva Fernández são "as contínuas agressões e recorrentes atos de ingerência" de Espanha nos "assuntos internos" da Venezuela.

O chefe da diplomacia espanhola, Alfonso Dastis garantiu "proporcionalidade e reciprocidade", numa antecipação do convite ao embaixador venezuelano, Mario Isea, para sair de Espanha.

Miguel Otero é editor do diário venezuelano La Nación e saiu há 3 anos da América latina. Quanto à ingerência espanhola nos assuntos internos venezuelanos, Otero fala de um processo que envolve mais países numa posição conjunta:

"A Espanha expressou solidariedade com o regresso da democracia. Não apenas Espanha, mas também a União Europeia. Tem sido um processo no qual alguns países começaram antes, outros mais tarde. Países da América Latina como o México, Colômbia, Brasil e, claro, os Estados Unidos e o Canadá, também expressaram apoio."

Quanto ao processo eleitoral, Otero reflete sobre a ilegitimidade de que os resultados podem enfermar à partida:

"Quem marcou as eleições nem sequer foi o Conselho Nacional Eleitoral. Foi a Assembleia Nacional Constituinte, que é ilegítima. Portanto, tudo é ilegítimo."

O também presidente do La Nacion destaca ainda o facto de os 4 milhões de venezuelanos que estão fora do país não poderem participar nas eleições e que se posicionam, maioritariamente, na oposição.

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