Guiné-Bissau tem novo primeiro-ministro

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De  Nara Madeira com Lusa
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O presidente guineense nomeou o sexto chefe do executivo, em três anos, para preparar novas Legislativas.

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Já foi encontrado substituto para Umaro Sissoco Embaló, na chefia do governo da Guiné-Bissau. O escolhido, pelo presidente, foi Artur Silva. Trata-se do sexto chefe de executivo a ser nomeado, em três anos, por José Mário Vaz.

O novo primeiro-ministro terá como tarefa principal preparar eleições Legislativas, que deverão decorrer entre abril e maio deste ano, o que estava já previsto, segundo o calendário eleitoral do país.

O presidente ouviu as forças políticas com assento parlamentar mas, uma vez mais, não houve consenso. O nome acabou por ser decidido pelo próprio José Mário Vaz.

Artur Silva, no seu curto mandato, não terá a tarefa facilitada já que não terá o apoio da principal formação política do país, que aliás venceu as eleições de 2014, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Em conferência de imprensa, Domingos Simões Pereira, líder da formação adiantava que o seu partido não iria aceitaria qualquer nome que não o do seu dirigente Augusto Olivais, proposto no quadro do Acordo de Conacri. O documento firmado, com a chancela da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e que deveria ter posto fim ao impasse político que se vive no país desde 2015.

Dos cinco partidos com assento parlamentar, outros dois - o  PCD e a União para Mudança - também não concordaram com a nomeação de Artur Silva e estão de acordo com o PAIGC sobre o nome de consenso.

Já o Partido da Renovação Social (PRS), que foi a segunda força mais votada nas últimas Legislativas, e que tem feito parte de todos os governos de iniciativa presidencial, está com José Mário Vaz.

De acordo com a agência Lusa, que cita fonte da presidência, o novo primeiro-ministro toma posse na quarta-feira no palácio presidencial, perante o chefe do Estado, José Mário Vaz e uma delegação da CEDEAO.

Este organismo tinha dado, aos lideres guineenses, até quarta-feira para chegarem a um entendimento e terminarem o impasse, ameaçando com sanções internacionais para quem dificultasse a aplicação do Acordo de Conacri.

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