Alerta é dado num estudo publicado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF)
Da Amazónia ao arquipélago das Galápagos, passando pelo deserto da Namíbia, as alterações climáticas ameaçam extinguir metade das espécies de plantas e animais nas áreas de maior riqueza natural do planeta, no espaço de pouco mais de seis décadas.
O alerta é dado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF - World Wide Fund for Nature, em inglês). No relatório que acaba de publicar, a organização destaca as conclusões do estudo realizado por investigadores das Universidades de East Anglia, no Reino Unido, e James-Cook, na Austrália, que investigaram o impacto climático em 80.000 espécies das 33 regiões do mundo consideradas como "prioritárias", que incluem também nomeadamente o Bornéo, o sul do Chile, Madagáscar ou as Grandes Planícies norte-americanas.
Até 2080, um aumento de 4,5 graus centígrados em relação à época da Revolução Industrial - o que será uma realidade se nada for feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa -, significará que 48 por cento das espécies poderão simplesmente desaparecer.
Esse risco será dividido por dois, se a subida for contida nos 2 graus centígrados, limite fixado pelo acordo de Paris de 2015, concluído sob a égide da ONU.