Reino Unido e Rússia trocam acusações na OPAQ

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De  João Paulo Godinho
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O organismo internacional já veio reiterar a sua neutralidade, depois de algumas críticas russas por suposta parcialidade.

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A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) defendeu a neutralidade dos seus laboratórios e da investigação sobre o 'caso Skripal'.

A tomada de posição surge depois das críticas russas à alegada parcialidade do organismo, que já confirmou as perícias britânicas sobre o agente neurotóxico usado no ataque: Novichok.

A OPAQ promoveu também esta quarta-feira na sua sede em Haia uma reunião com representantes britânicos e russos.

Do encontro ficou uma vez mais a dura troca de acusações entre os dois países, com o Reino Unido a apontar à Rússia a autoria de uma campanha de desinformação.

"Penso que, antes de mais nada, a Rússia precisa de revelar o seu programa de armas químicas e, em segundo lugar, de esclarecer o que está a fazer. O que foi realmente impressionante na sessão de hoje foi que a Rússia continua a fornecer enormes quantidades de desinformação", declarou Peter Wilson, o representante britânico no organismo.

Às acusações britânicas de desinformação, os russos respondem com mais acusações de mentiras.

"Na prática, o que estamos a tentar demonstrar é que tudo o que os nossos colegas britânicos estão a dizer é uma história de mentiras", afirmou o representante russo, Alexander Shulgin.

Com a investigação ainda a decorrer, a OPAQ esclareceu também que a equipa de trabalho presente em Salisbury tinha um caráter meramente técnico e que não integrava as operações britânicas.

O organismo rejeitou incluir especialistas dos dois países nesta operação para proteger a credibilidade do trabalho.

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