Parlamento israelita aprova legislação controversa

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De  Joao Duarte Ferreira
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Deputados árabes denunciaram o caráter discriminatório da lei

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O parlamento israelita aprovou um pacote legislativo controverso que define o país como um estado exclusivamente judaico.

Após mais de oito horas de debate agitado, a legislação foi aprovada por 62 votos contra 55.

O primeiro-ministro descreveu a nova lei como um momento de definição.

"Vamos continuar a assegurar direitos civis na democracia israelita, estes direitos não serão afetados, mas a maioria também tem direitos e a maioria decide. Uma maioria absoluta vai assegurar o caráter judaico do nosso estado para as próximas gerações", afirmou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

Os deputados árabes denunciaram o pacote afirmando que se trata de uma legislação discriminatória.

"Esta lei de nacionalidade é um crime de ódio, eles estão a discirminar contra os cidadãos árabes, contra a minoria árabe", reclamou Ahmed Tibi, um deputado árabe presente no debate.

Há muito que a minoria árabe se queixa de ser tratada como cidadãos de segunda classe.

Este perito afirma que a nova lei é abertamente discriminatória.

"O problema é que a lei muda a relação entre Israel enquanto democracia e Israel enquanto estado judaico. É claro que os legisladores recusam-se a incluir o direito à igualdade dentro da lei fundamental tal como escrita na nossa declaração de Independência", acrescenta o Dr. Amir Fuchs do Instituto Israelita para a Democracia.

De recordar que a população árabe constitui cerca de 20% da população de Israel estimada em 9 milhões.

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