Manifestação junta milhares contra lei do Estado-Nação em Israel

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De  João Paulo Godinho com Reuters
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A minoria drusa, uma comunidade com pouco mais de 130 mil pessoas que é leal a Israel, mas fala árabe e professa o Islão, liderou o protesto.

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Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado em Telavive contra a lei que define Israel como Estado-Nação do povo judeu, a quem reserva o direito à autodeterminação.

A lei é considerada discriminatória para as minorias do país, entre os quais a comunidade drusa, que liderou o protesto. Esta minoria, que é leal a Israel, ganhou mesmo protagonismo social nos últimos anos, com vários representantes a ganharem um papel de destaque na política e entre os militares em Israel.

Um desses exemplos é Amal Assad, um general na reserva do exército israelita e de origem drusa.

"Reunimos aqui todos os cidadãos israelitas para mudar esta lei má para Israel, para o estado israelita, para o povo judeu e para todas as minorias. É uma má lei. Somos todos iguais: judeus, árabes, drusos, todos. Somos irmãos, defendemos este país, vamos construí-lo e continuaremos a viver aqui juntos", afirmou.

Em Israel há cerca de 130 mil drusos, uma comunidade que vive sobretudo na Galileia, no norte do país, fala árabe e professa uma fé derivada de um Islão muito heterodoxo.

Os drusos contestaram já em tribunal a lei anunciada recentemente pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, porque sentem um vinculo especial com o país e cumprem mesmo o serviço militar obrigatório.

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