Discurso sobre o Estado da União de Jean-Claude Juncker: reações em Itália

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A União Europeia precisa de mostrar maior coragem, protagonismo e realismo político.

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O discurso sobre o Estado da União de Jean-Claude Juncker perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, ficou aquém das expectativas da Itália.

O Presidente da Comissão Europeia fez um apelo à solidariedade dos estados-membros para fazer face à crise de migrantes e refugiados, reconhecendo que estes "nem sempre encontraram o equilíbrio certo entre a responsabilidade que cada país deve assumir no seu próprio território e a indispensável solidariedade mútua."

Apesar da proposta para o reforço da segurança interna e do controlo de fronteiras pela Frontex - Agência Europeia da Guarda Costeira e de Fronteiras - bem como para o apoio aos sistemas de acolhimento e asilo nos Estados membros mais expostos aos fluxos migratórios, o discurso pecou pela generalidade e pela falta de medidas concretas para uma demonstração efetiva de solidariedade na Europa.

A Itália reclama regras práticas para o desembarque, resdistribuição e rejeição de migrantes no espaço europeu, ou seja, um plano de implementação do acordo celebrado pelos líderes europeus na última cimeira de Junho em Bruxelas. O país necessita de solidariedade não só em matéria de migrações mas também na implementação de reformas fiscais e na resolução da crise económica, que persiste.

Depois do seu encontro da semana passada na conferência de líderes de extrema-direita de Cernobbio com Steve Bannon, o polémico ex-assessor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, anunciou que deseja liderar um novo movimento populista de direita pan-europeu, chamado O Movimento, que irá reunir todos os grupos populistas de direita do continente.

Para fazer face a desenvolvimentos desta gravidade, a União Europeia precisa de mostrar maior coragem, protagonismo e realismo político.

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