Sérgio Moro aceita convite para Ministro da Justiça de Bolsonaro

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De  Ricardo FigueiraTeresa Bizarro
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O juíz que chefiou o processo da "Operação Lava Jato" e mandou prender Lula será ministro da Justiça no próximo governo brasileiro.

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Sérgio Moro aceitou ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. O juiz que mandou prender Lula da Silva é a contratação-vedeta do presidente eleito do Brasil. Era uma ideia há muito deixada no ar, repetida depois das eleições, na primeira entrevista televisiva de Bolsonaro . Agora, está confirmado.

Moro ganhou uma aura de cavaleiro anticorrupção depois de março de 2014. Desde então presidiu ao coletivo que julgou em primeira instância todos os arguidos do processo Lava Jato. Herói para muitos, alguém que instrumentalizou a justiça contra o PT, para muitos outros. O "sim" ao convite foi dado numa reunião entre os dois homens, esta quinta-feira.

Se Moro é a estrela, outro membro deste futuro governo andou nas estrelas... Literalmente. Marcos Pontes vai ser Ministro da Ciência e Tecnologia. O antigo astronauta vai ter a cargo também a pasta do Ensino Superior.

O chefe da casa civil do Presidente eleito tem-se multiplicado em reuniões para tratar da transição. Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes, nomeado ministro da Economia, são considerados os estrategas de Bolsonaro. Guedes vai ficar à frente de um superministério, resultado da fusão de 3 gabinetes: Fazenda, Planeamento e Indústria e Comércio Externo.

Um governo de superministérios

Aliás, as fusões de pastas parecem ser a tónica do governo. Bolsonaro quer formar o mais pequeno governo de sempre e passar dos atuais 29 ministérios para 15.

Dois superministérios destacam-se: a Economia e a Justiça, pasta que foi oferecida a Sérgio Moro. Mas o mais polémico vai resultar da fusão entre os ministérios da Agricultura e do Ambiente, o que coloca desde já os ecologistas defensores da Amazónia em pé-de-guerra.

Quanto ao presidente eleito, vestiu o colete à prova de bala por baixo da t-shirt e foi à praia, assistir a um festival de aviação acrobática. Uma aparição pública rara de Bolsonaro, afastado do contacto directo com a população desde que foi atacado com uma faca há quase dois meses. Jair Bolsonaro manteve-se distante - especialmente da imprensa - e não pode explicar as escolhas que já são conhecidas para o seu gabinete.

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