Monsanto regressa à barra do tribunal

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Direitos de autor REUTERS/Mike Blake
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De  Joao Duarte Ferreira
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No centro das acusações estão os possíveis efeitos decorrentes da utilização do herbicida RoundUp

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A multinacional Monsanto regressa ao banco dos réus.

Edwin Hardeman, um californiano septuagenário, utilizou o herbicida RoundUp no seu jardim durante 25 anos. Há três anos foi diagnosticado com um cancro, um linfoma de não-Hodgkin. O processo agora iniciado visa apurar se o herbicida, produzido pela Monsanto, estaria na origem do cancro diagnosticado.

O advogado da acusação, Brent Wisner, explica a relevância deste caso.

"Trata-se do primeiro caso a nível federal, é relevante para os litígios federais que contêm cerca de um milhar de casos. Ver como este processo vai decorrer é importante para ambas as partes. É claro que no tribunal federal será mais difícil que o réu ganhe o caso. Mas se ganharmos aqui, isso envia um sinal à Monsanto, e à Bayer em particular, de que existe um problema", afirma.

Há seis meses, pela primeira vez na história do gigante agroquímico, a Monsanto, agora propriedade da Bayer, foi condenada por um tribunal norte-americano a pagar uma indemnização de 289 milhões de dólares a Dewayne "Lee" Johnson, jardineiro e pai de família diagnosticado com um linfoma de não-Hodgkin.

A multa definida pelo jurí seria mais tarde reduzida pelo juíz para 78,5 milhões de dólares. O juíz contudo não clarificou se a Monsanto havia deliberadamente ignorado ou escondido os riscos.

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