Salvini autoriza desembarque de menores a bordo do Open Arms

Salvini autoriza desembarque de menores a bordo do Open Arms
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De  Teresa Bizarro
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Portugal, Espanha, França, Alemanha, Roménia e Luxemburgo vão receber os menores que já estão em Lampedusa. O ministro italiano do Interior diz que a "decisão foi do primeiro-ministro"

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O governo italiano vai autorizar o desembarque de menores a bordo do Open Arms, o navio da ONG espanhola que está ao largo de Lampedusa. A informação é do jornal La Repubblica, que cita uma carta do ministro italiano do Interior. Matteo Salvini diz que responde a um pedido direto do primeiro-ministro Giuseppe Conte. "Autorizo o desebarque de menores apesar do que penso. A escolha é do primeiro-ministro," escreve Salvini.

Gentile Ministro dell’Interno, caro Matteo, ti scrivo questa lettera aperta perché il caso della nave Open Arms domina...

Publiée par Giuseppe Conte sur Jeudi 15 août 2019

Portugal, Espanha, França, Alemanha, Roménia e Luxemburgo vão receber os menores que foram autorizados a desembarcar em Lampedusa.

Matteo Salvini acusa a Open Arms de entrar numa "batalha política" usando os migrantes que procuram atravessar o Mediterrâneo. O ministro italiano do Interior usou o Twitter para responder à organização espanhola, que transporta 134 migrantes resgatados ao mar há 16 dias, sem autorização para os desembarcar.

"Em 16 dias, tinham tido tempo de chegar a vossa casa, em Espanha. Vergonha", diz Salvini.

O fundador da organização Open Arms diz que o navio é um barril de pólvora, pronto a explodir. Diz Óscar Camps que a partir agora "não se podem sentir responsáveis pela segurança das pessoas a bordo do Open Arms; De nenhum dos 134 resgatados e 19 voluntários que estão sequestrados no navio, porque é impossível manter a calma". Nas palavras do fundador da organização espanhola, "há 100 maneiras de uma pessoa se auto-mutilar ou suicidar-se a bordo do Open Arms" e não existe "capacidade de os travar ou sequer de os controlar "

Riccardo Gatti, chefe da Missão do Open Arms, explica que é difícil o equilíbrio a bordo. "Infelizmente, cada saída de pessoas, cada pequena mudança cria uma reação adversa e incontrolável".

O presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, apelou ao desembarque imediato de todos os migrantes a bordo do Open Arms.

Em situação frágil está também a embarcação Ocean Viking. Os Médicos Sem Fronteiras, uma das organizações responsáveis por este navio, pede às autoridades europeias uma resposta imediata para as 356 pessoas resgatadas - algumas há 10 dias no mar.

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