Galardão foi atribuído a John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino "pelo desenvolvimento das baterias de iões de lítio"
O Nobel da Química de 2019 foi atribuído a três cientistas em simultâneo: John Bannister Goodenough, Michael Stanley Whittingham e Akira Yoshino, que abriram as portas de um "mundo recarregável" através do "desenvolvimento das baterias de iões de lítio", usadas atualmente num grande número de equipamentos eletrónicos portáteis, como computadores e telemóveis, ou mesmo em veículos elétricos.
A academia sueca do Prémio Nobel explicou que "as baterias de iões de lítio revolucionaram as nossas vidas" e "através do seu trabalho, os laureados deste ano estabeleceram as fundações para uma sociedade sem fios e livre de combustíveis fósseis".
No início dos anos 70, o químico britânico Michael Stanley Whittingham, desenvolveu a primeira bateria de lítio funcional. O engenheiro e inventor norte-americano John Bannister Goodenough duplicou o potencial das baterias de lítio, criando as condições para um uso bastante mais alargado e potente deste tipo de baterias. O químico japonês Akira Yoshino conseguiu eliminar o lítio puro das baterias, que passaram a estar compostas unicamente por iões de lítio, tornando-as muito mais seguras o que, na prática, as tornou utilizáveis de forma corrente.