António Costa reuniu com cinco partidos com representação parlamentar e chegou ao fim do dia sem qualquer acordo escrito
Em busca de uma geringonça 2.0. António Costa passou esta quarta-feira em negociações com cinco dos partidos com representação parlamentar para tentar encontrar uma solução de governabilidade para o próximo executivo. O dia chegou ao fim sem acordo mas com diferentes manifestações de abertura a entendimentos com o PS.
O Bloco de Esquerda voltou a mostrar disponibilidade para um acordo escrito e os dois partidos irão prosseguir as negociações. Um cenário recusado pelo PCP, que no entanto garantiu que por princípio, não será um obstáculo à governabilidade, acrescentando que irá analizar os orçamentos ano a ano, sem qualquer tipo de compromisso.
Apesar dos quatro anos de sucesso com Bloco e PCP, o líder socialista assegurou que não daria preferência a nenhuma das forças políticas contactadas. Além dos velhos parceiros, António Costa reuniu também com os Verdes, o Livre e o PAN.
Tal como os Comunistas, os Verdes recusaram um acordo escrito mas mostraram-se disponíveis para apreciações conjuntas prévias de documentos fundamentais com o PS. Também o Livre mostrou abertura para acordos pontuais com o PS, apelando a uma "união multipartidária à esquerda".
Por fim o Pessoas, Animais e Natureza. Depois de quadruplicar o número de deputados, o partido de André Silva mostrou "vontade que haja estabilidade política", deixando no ar a possibilidade de um acordo com os socialistas. Para o PAN, decisões, só na próxima semana.