Benjamin Netanyahu acusado de corrupção

Benjamin Netanyahu acusado de corrupção
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Se for considerado culpado pelo crime de suborno, Netanyahu arrisca dez anos de prisão e um máximo de três anos no caso dos crimes de fraude e quebra de confiança

PUBLICIDADE

Benjamin Netanyahu é o rosto da divisão em Israel. O primeiro-ministro foi indiciado esta quinta-feira pelo procurador-geral israelita, Avijai Mandelblit, pelos crimes de suborno, quebra de confiança e fraude.

Sem obrigação legal de se demitir, o polémico chefe do executivo desmentiu as acusações e invocou uma "caça às bruxas": "Estamos a testemunhar uma tentativa de golpe contra um primeiro-ministro em exercício, baseado em invenções e numa investigação enviesada e contaminada. Não deixarei a mentira triunfar. Continuarei a liderar o país, de acordo com a lei, com responsabilidade, devoção e preocupação com a segurança e o futuro de todos."

Netanyahu acrescentou que "é preciso estar cego para não perceber que algo de errado se está a passar com o sistema legal."

Na prática, o ainda primeiro-ministro pode tornar-se num problema para a formação Likud se os israelitas tiverem de voltar às urnas para as terceiras eleições legislativas em menos de um ano.

Nas ruas ouviram-se duras críticas ao ainda primeiro-ministro.

"O primeiro-ministro deveria anunciar a demissão. É impensável que Netanyahu continue em funções, estando, em simultâneo, indiciado por tais violações da lei. Será julgado e, provavelmente, irá para a cadeia. Não consegue gerir um país tão difícil de gerir como o Estado de Israel", sublinhou Asher Ben David, um manifestante.

Por outro lado, também não faltam vozes de apoio, como a do manifestante Moti Kastel: "Netanyahu nunca estará sozinho. Quero dizer a todos os orquestradores que esta tentativa de golpe ridícula e abominável simplesmente não terá sucesso."

Depois das eleições de abril e de setembro nem o líder da formação de direita Likud nem o rival da coligação centrista, Benny Gantz, conseguiram obter uma maioria absoluta para formar Governo.

Esta quinta-feira, pela primeira vez na história de Israel, o Presidente encarregou o parlamento de encontrar um primeiro-ministro para resolver o impasse político, cada vez mais dominado pela incerteza.

O parlamento tem menos de três semanas para tentar estabelecer uma coligação, caso contrário haverá novas eleições dentro de 90 dias.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"Acordo do Século" de Trump afasta palestinianos de Jerusalém

Oposição quer coligar-se com Likud até Netanyahu provar inocência

Planos de Israel para lançar ofensiva em grande escala em Rafah estão em marcha