França debate reforma da segurança social

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Governo e sindicatos franceses discutem financiamento do sistema de pensões. Aumento da idade da reforma e uniformização do sistema dividem-nos.

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Governo e sindicatos franceses estão de volta às negociações. Em cima da mesa está o financiamento da segurança social. França precisa de criar uma reforma, de modo a garantir o equilíbrio a longo prazo do sistema.

Após cinco semanas de greves organizadas pelos sindicatos, o executivo acedeu à ideia proposta por um dos sindicatos de organizar esta conferência de reflexão sobre os meios para alcançar um sistema equilibrado.

De acordo com previsões oficiais feitas em novembro de 2019, o sistema de pensões passaria de uma situação de quase equilíbrio em 2017 para um défice entre 0,3 e 0,7% do Produto Interno Bruto, em 2025.

Projeções que tinham por base um crescimento de 1,3% em França. Ora, tendo em conta esse cenário, estariam em falta nos cofres do Estado entre 8 mil milhões e 16 mil 800 milhões de euros.

Como resolver então o problema?

É aqui que governo e sindicatos se opõem.

O executivo enviou dois projetos de lei aos fundos da segurança social, esta quinta-feira.

Entre as principais medidas estão a criação de um sistema universal de pensões com "obrigação" de garantir "o saldo financeiro deste futuro sistema", a partir de 2022, para a geração de 2004; o governo quer ainda aumentar a idade de reforma dos 62 para os 64 anos, com penalização para reformas antecipadas, algo a que os sindicatos se opõem e esperam conseguir deitar por terra com as negociações.

À saída da conferência, o secretário-geral da União Nacional dos Sindicatos Autónomos (UNSA), Laurent Escure, afirmou que foi pedido "ao primeiro-ministro que desistisse da idade da reforma", sendo essa uma das condições para "criar condições para chegar a um acordo".

Entre as medidas propostas estão também um aumento salarial para professores e investigadores e haver um mínimo de 1.000 euros, a partir de 2022, para quem tiver concluído o número de anos de trabalho estabelecido.

Mas os sindicatos querem mais. A Confederação Geral do Trabalho, um dos principais sindicatos franceses, opõe-se mesmo à totalidade da reforma.

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