Dia da Terra festejado em condições especiais

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Direitos de autor NASA
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De  Ricardo Figueira
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A celebração nasceu há 50 anos. Este ano, o dia é assinalado apenas online, devido às restrições causadas pela Covid-19.

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Faz esta quarta-feira 50 anos, nos Estados Unidos, estudantes das universidades e escolas uniram-se para exigir uma maior proteção do ambiente.

Foi o primeiro Dia da Terra - um movimento agora seguido por mais de mil milhões de pessoas em 190 países. Passaram 50 anos, mas o objetivo é o mesmo, segundo a presidente do grupo: Educar o maior número possível de pessoas para a necessidade de proteger o planeta.

"Não há nenhum país na Terra que o faça bem. As escolas ensinam um pouco sobre ciência, sobre zonas húmidas ou a qualidade do ar. Quase nunca se ensina o envolvimento cívico em nenhum país da Terra. Por isso, a questão básica da educação é central para o que a Rede do Dia da Terra faz e para aquilo em que as pessoas devem insistir - que os filhos aprendam sobre o ambiente, aprendam sobre as oportunidades, pensem em tomar ações concretas", explica Kathleen Rogers.

Dia celebrado na Internet

Devido às medidas de confinamento ligadas à Covid-19, o evento deste ano faz-se, em grande parte, através de atividades online, com mensagens digitais de uma série de grandes nomes, incluindo o Papa Francisco, Al Gore, e Andrea Bocelli. Mas, para a rede, os elementos cruciais são os apoiantes de base, sobretudo dadas as circunstâncias atuais.

Emissão online do Dia da Terra

Acrescenta  Kathleen Rogers: "Muitos de nós estamos preocupados com os nossos salários, as nossas contas de reforma. Na Índia, preocupam-se com onde arranjar comida e água potável. Por isso, juntar toda a gente em torno de um momento de reflexão para o Dia da Terra é fantástico, embora sobretudo de forma digital, estamos, de qualquer das formas, a ir na direção da ação política".

A data chega num momento crítico para o planeta. De acordo com o chefe da ONU para a meteorologia, é necessária mais ação política para reverter a tendência no que toca às alterações climáticas.

Diz Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial: "Infelizmente, temos vindo a seguir na direção errada desde os anos 70. Começámos a bater vários recordes pela negativa e a minha principal preocupação está relacionada com o facto de termos uma população crescente no planeta e, ao mesmo tempo, a produção alimentar poder vir a sofrer".

Uma advertência estrondosa: enquanto a humanidade está à mercê de um novo vírus, o próprio planeta continua mais em risco do que nunca.

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