Ataque armado a autocarro faz quatro feridos no centro de Moçambique

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De  Euronews com Lusa
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Este é já o quarto episódio violento em cerca de uma semana, segundo as autoridades locais.

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Um ataque armado contra um autocarro fez hoje quatro feridos no centro de Moçambique, sendo este o quarto episódio violento numa semana.

Segundo fontes locais avançaram à Lusa, o ataque ocorreu por volta das 07h00 (06h00 em Lisboa) na província de Manica, junto à Estada Nacional 1, a principal ligação entre o Sul e Norte de Moçambique. Foi alvejado poucos minutos depois de deixar uma posição militar, onde tinha pernoitado devido à insegurança na região.

"Foi algo espontâneo, só ouvimos barulho de tiros", disse à Lusa Victor Amos, um passageiro, adiantando que os disparos vinham duma mata não distante de uma aldeia.

Segundo Abdul José, que também seguia no autocarro, foram disparados, pelo menos, seis tiros, que atingiram os pés de quatro passageiros.

O autocarro, da empresa Transportes Terrestres de Moçambique (TTM), e os passageiros, tinham pernoitado na zona de Mutindiri, onde foi montada uma posição militar que impede a circulação de viaturas no troço alvo de emboscadas (entre Mutindiri e Muda Serracao) depois das 18h00.

Uma fonte de uma unidade de saúde local adiantou que os feridos foram assistidos e depois transferidos para o Hospital Provincial de Chimoio, unidade de referência da província, devido ao grau dos ferimentos.

Este é o quarto ataque que ocorre em menos de uma semana, em que ficaram feridas oito pessoas.

Esta incursão surge na sequência de outras registados nas províncias de Manica e Sofala, que já provocaram a morte de 23 pessoas desde agosto em estradas e povoações daquelas duas províncias do centro de Moçambique.

Na região, deambulam guerrilheiros dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), liderados por Mariano Nhongo, acusado pelas autoridades de ser responsável pelos ataques, mas que apenas assumiu algumas ações.

O grupo tem ameaçado recorrer à violência armada para negociar melhores condições de reintegração social do que as acordadas pelo seu partido com o Governo.

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