Revista "France Football" decide suspender pela primeira vez na história a entrega do prémio criado em 1956 para distinguir os melhores futebolistas
"Para circunstâncias excecionais, disposições excecionais". É desta forma que a revista "France Football" começa por justificar a inédita decisão de pela primeira vez na história suspender a entrega do prémio Bola de Ouro, criado em 1956.
O motivo prende-se com o impacto da pandemia de Covid-19 no futebol mundial, suspendendo durante meses a maior parte dos campeonatos nacionais, cancelando mesmo alguns como as Ligas francesa e holandesa, ou adiando torneios como o Europeu de Futebol, o que permitiu a Portugal, diga-se, tornar-se sem o desejar no primeiro campeão europeu a deter o título por cinco anos.
A decisão da revista francesa vai permitir ao argentino Lionel Messi e à norte-americana Megan Rapinoe guardarem por mais um ano os títulos conseguidos em 2019.
O jogador do Barcelona é, aliás, o futebolista que mais vezes conquistou a Bola de Ouro (6), seguido pelo Cristiano Ronaldo (5).
O argentino está a terminar uma época abaixo do nível habitual. O português seria de novo um dos grandes favoritos.
A avançada do Reign FC , de Seattle, foi a segunda mulher galardoada com o prémio, atribuído também ao futebol feminino desde 2018.
Para o chefe de redação da France Football, "não se pode comparar maçãs com peras" e há ainda o formato especial da Liga dos Campeões com uma inédita fase final entre oito equipas, em regime "playoff", a jogar em agosto em Portugal.