Bichkek em estado de emergência

Bichkek em estado de emergência
Direitos de autor Vladimir Voronin/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
Direitos de autor Vladimir Voronin/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
De  Nara Madeira com AFP, AP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Capital do Quirguistão está em estado de emergência, foi imposto o recolher obrigatório e proibidas as manifestações.

PUBLICIDADE

A situação está cada vez mais tensa no Quirguistão. Este sábado, e depois de manifestantes terem libertado um antigo presidente, Almazbek Atambayev, as autoridades voltaram a detê-lo.

Bichkek está em estado de emergência até 21 de outubro. As manifestações foram proibidas e foi imposto o recolher obrigatório na capital do país. A população, e seguindo o decreto assinado pelo presidente, Sooronbai Jeenbekov, está obrigada a ficar em casa das 21h e as 05h da manhã. O que não é claro, para já, é se os militares enviados para a cidade vão obedecer às suas ordens ou ficar do lado dos seus opositores.

Têm-se multiplicado os apelos para que o chefe de Estado abandone o cargo, após milhares de manifestantes terem invadido edifícios governamentais, e depois das eleições Legislativas que foram, entretanto, anuladas.

Na terça-feira, Sadyr Zhaparov, numa sessão de emergência do parlamento, foi indicado para novo primeiro-ministro. Decisão contestada por outros grupos de manifestantes, o que mergulhou o país no caos.

Almazbek Atambayev foi condenado a 11 anos de prisão, em junho, por corrupção e abuso de poder mas os seus apoiantes falam em vingança política. Desta vez as autoridades justificam a detenção acusando-o de organizar motins.

Na sexta-feira, apoiantes de Zhaparov atacaram defensores de Atambayev na praça central de Bishkek. Um homem disparou vários tiros contra o carro do antigo presidente mas este saiu ileso.

Os novos protestos são impulsionados por rivalidades entre grupos étnicos que desempenham um papel fulcral na política do país.

É a terceira vez, em 15 anos, que manifestantes tentam derrubar um governo no Quirguistão, um país da Ásia Central de 6,5 milhões de habitantes que é um dos mais pobres da antiga União Soviética.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Populares patrulham ruas da capital do Quirguistão

Quirguistão anula resultados eleitorais depois de parlamento invadido

Oposição contesta resultado das eleições parlamentares no Quirguistão