Amigos ou inimigos? EUA escolhem nas urnas os aliados no mundo

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De  Nial O'Reily & Euronews
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Coreia do Norte, China, Rússia e União Europeia foram alvo de aproximações e animosidades por parte de Donald Trump. Joe Biden promete uma postura diferente, mas o país parece mais interessado nos problemas internos do que nas relações com o exterior.

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Sob o lema "América Primeiro", Donald Trump assumiu, desde o primeiro dia como presidente, uma linha mais dura em relação aos inimigos dos EUA.

A atitude chegou mesmo a refletir-se em algumas mensagens trocadas no Twitter com o líder da Coreia do Norte.

Mas, num volte-face que apanhou o m undo de surpresa, a retórica belicosa deu lugar a uma aproximação histórica. Ao longo do mandato, Trump encontrou-se três vezes com Kim Jong-Un.

A relação diplomática provavelmente não encontrará em Joe Biden um seguidor; e , na prática, resultou mais em palavras do que em desarmamento nuclear.

Já no que diz respeito à China, as relações que se degradaram com uma contenda comercial, azedaram ainda mais depois de Trump culpar Pequim pela propagação de covid-19 nos Estados Unidos. Com as conversações congeladas. Biden diz que optaria por uma abordagem multilateral, envolvendo aliados norte-americanos.

Mas talvez seja sobre a Rússia que os dois candidatos mais diferem. Trump pareceu relutante em, por vezes, criticar o presidente Putin, mesmo depois de os serviços secretos americanos terem concluído haver intervenção do Kremlin nas eleições de 2016.

Já Biden defende uma posição mais firme em relação a Moscovo. A alegada falta de capacidade de Trump para confrontar a Rússia chegou mesmo a ser destacada em debate, no final de setembro, pelo candidato democrata, que acusou o presidente norte-americano de ser "o cãozinho do Putin".

Com Joe Biden na presidência fica por se saber se volta atrás um dos marcos da política externa de Trump; a transferência da embaixada de Washington em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. Por outro lado, estima-se que, caso seja eleito, tente restabelecer os laços os aliados europeus, fortemente criticados por Trump.

As prioridades nas relações com o exterior raramente são uma prioridade eleitoral, e atualmente tudo indica que ainda menos, sobretudo quando a nível interno, o país vê-se a braços com uma dura crise sanitária e económica.

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