Reino Unido quer criar um centro para requerentes de asilo a 7000 km da Grã-Bretanha e promete penalizar quem não respeitar as regras.
Espera-se que o Reino Unido divulgue a proposta de uma nova lei, a que chamou de "lei da nacionalidade e das fronteiras" que abrirá caminho à criação de centros para requerentes de asilo na ilha da Ascensão. Este território ultramarino fica localizado no oceano Atlântico, a quase 7000 quilómetros das ilhas britânicas.
A Ministra do Interior britânica explicava que os migrantes que chegarem, conscientemente, ao Reino Unido, sem autorização, seriam alvo de um processo-crime. Parte da sua missão, dizia, é reprimir os "vis criminosos" que executam operações de tráfico através do canal inglês.
Se esta lei for aprovada, o tráfico de pessoas pode levar a penas mais duras, que poderão ir até à prisão perpétua.
O ministério do Interior tinha adiantado que o novo documento contém "as mudanças mais radicais no sistema de asilo" que tem vindo a ser "quebrado há décadas", e que tornará mais difícil, a quem entrar ilegalmente no Reino Unido, permanecer no país.
Já os críticos da proposta dizem que ela poderá afastar milhares de refugiados do Reino Unido, correndo uma parte deles o risco de serem tratados como criminosos por procurarem uma vida melhor.