Península Ibérica afetada por seca grave

Península Ibérica afetada por seca grave
Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2017 The Associated Press. All rights reserved.
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Os governos de Portugal e Espanha unem esforços para amenizar os efeitos da seca que está a afetar a Península Ibérica

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Confrontada com uma grave seca, a Península Ibérica une esforços para amenizar os efeitos.

O cenário é igual dos dois lados da fronteira e os governos português e espanhol anunciam o reforço da cooperação.

Segundo a meteorologia, a situação não deverá melhorar nos próximos dias. A chuva prevista fica muito aquém das médias desta época do ano. O mês de janeiro de 2022 foi o segundo mais seco desde o ano 2000.

Esta seca é excecional em termos de "intensidade, extensão e duração", diz Ricardo Deus, climatologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), à AFP.

E em Espanha, "em janeiro, choveu apenas um quarto do que deveria ter chovido nessa altura", disse Ruben del Campo, porta-voz da AEMET, a agência meteorológica espanhola, à AFPTV.

Agricultores e criadores de gado preocupados

Esta situação invulgar já levou o governo português a tomar medidas de emergência. Num país onde quase 30% do consumo de energia é hidroelétrica, as autoridades foram obrigadas a anunciar, no início de fevereiro, a suspensão da produção hidroelétrica em cinco barragens para "preservar os volumes necessários ao abastecimento público".

Do outro lado da fronteira, o ministro da Agricultura espanhol, Luís Planas, expressou a sua "preocupação" com a situação na quarta-feira, assegurando que o governo tomaria "as medidas necessárias de acordo com a evolução da situação".

Os níveis dos reservatórios de água, que são essenciais para a agricultura, estão atualmente a menos de 45% da sua capacidade em Espanha, segundo as autoridades do país, sendo as regiões mais afetadas a Andaluzia (sul) e a Catalunha (nordeste).

Sem melhoria à vista

A alternância entre a seca e os anos chuvosos é normal no sul da Europa, mas "ultimamente tem havido uma diminuição da percentagem de anos chuvosos", disse Filipe Duarte Santos, investigador da Faculdade de Ciências de Lisboa e especialista em ambiente, que aponta o dedo ao aquecimento global.

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