Galegos saíram às ruas de Santiago de Compostela para criticar a gestão da crise dos pellets que deram à costa no norte de Espanha, após mais de mil sacos com essas bolas de plástico, que eram transportadas por um cargueiro, terem caído ao mar em dezembro.
Milhares de pessoas saíram às ruas de Santiago de Compostela para protestar contra a forma como o governo local está a lidar com a crise dos pellets de plástico que estão a dar à costa no norte de Espanha, sobretudo, na Galiza, desde o início do ano.
Um cargueiro perdeu em 8 de dezembro, a 80 quilómetros de Viana do Castelo, mais de mil sacos com estas pequenas bolas de plástico. Até agora, as equipas de limpeza espalhadas por dezenas de praias galegas recolheram o equivalente a 70 sacos caídos ao mar.
Entre os manifestantes nos protestos deste domingo estiveram os principais candidatos da oposição nas eleições regionais da Galiza que ocorrem em 18 de fevereiro.
As autoridades locais declararam emergência ambiental em 9 de janeiro e pediram ajuda ao governo central espanhol, juntamente com as autoridades das Astúrias, também afetada pela crise.
A intervenção no mar cabe ao governo de Espanha, enquanto nas praias a tutela é do executivo regional.
O Governo espanhol já disse que é impossível recolher os pellets no mar, pela sua dimensão (têm menos de 5 milímetros de diâmetro) e por serem invisíveis na água.
Quando falta cerca de um mês para as eleições regionais na Galiza, este caso tem servido como arma de arremesso político entre os dois governos - o galego liderado pelo Partido Popular (PP) e o central liderado pelos Socialistas (PSOE).
Entretanto, o Ministério Público espanhol já abriu uma investigação, temendo que os "pellets" tenham propriedades tóxicas, o que pode comprometer a segurança alimentar.