Primeiro-ministro decidiu tirar uns dias para refletir sobre o futuro e decidir se deve continuar a liderar o governo espanhol ou renunciar ao cargo.
O futuro da política em Espanha está mergulhado em suspense até segunda-feira e a possível demissão do primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez desencadeou um debate nacional sobre os limites da política.
O chefe do governo espanhol adiou a agenda por uns dias para avaliar se abandona o cargo por causa de um escândalo de corrupção que envolve a mulher Begoña Gomez.
A justiça espanhola abriu uma investigação após uma denúncia feita por um grupo de campanha contra a corrupção, cujo líder tem ligações com a extrema-direita.
Na sexta-feira, vários membros do governo expressaram apoio a Pedro Sánchez.
Já o ex-primeiro-ministro socialista José Luis Zapatero acredita que o debate público em curso é muito benéfico para a democracia.
O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros no primeiro governo de Sánchez, Josep Borrell, esteve na sexta-feira em Madrid e manifestou a mesma opinião.
"É necessário separar questões de debate político, ideias, abordagens, propostas, de questões que envolvam ataques pessoais", defendeu.
O primeiro-ministro espanhol partilhou uma "carta aos cidadãos" anunciando que ia tirar uns dias para refletir sobre o futuro e decidir se deveria continuar a liderar o governo espanhol ou renunciar ao cargo.
Sánchez alega que as suspeitas de corrupção contra a mulher, Begoña Gomez, são infundadas e fabricadas por rivais políticos da extrema-direita.