Evacuação de Donbass em marcha

Forças ucranianas em manobras no Donbass
Forças ucranianas em manobras no Donbass Direitos de autor  AFP /Forças Armadas da Ucrânia (handout)
Direitos de autor  AFP /Forças Armadas da Ucrânia (handout)
De  euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Rebeldes do leste da Ucrânia iniciam retirada de civis e acusam Kiev de aumentar hostilidades

PUBLICIDADE

A crise na Ucrânia sobe de tom.

O cessar-fogo na região de Donbass, no leste do país, parece ter chegado ao fim.

Nos dois últimos dias foram ouvidos bombardeamentos. Foram atingidos vários edifícios, onde se inclui uma creche.

Os separatistas pró-russos, no leste da Ucrânia, iniciaram a evacuação da área.

O presidente da autoproclamada república popular de Donetsk, Denis Pushilin, denunciou um aumento nos ataques das forças armadas ucranianas para justificar a retirada de civis para região de Rostov, na Rússia.

"Uma evacuação temporária salvará as vidas e a saúde de si e dos seus entes queridos. Segundo um acordo feito com a Federação Russa, os locais para receber e acomodar os nossos cidadãos estão prontos na região de Rostov. Serão atendidas todas as necessidades dos deslocados", disse.

Os Estados Unidos da América classificaram a evacuação de manobra "cínica". A Casa Branca vê a medida como uma preparação para o ataque militar da Rússia.

Por seu lado, o presidente russo, Vladimir Putin, diz estar preocupado com o escalar da violência no leste da Ucrânia: "O que Kiev tem de fazer é sentar-se à mesa de negociações com representantes de Donbass e acordar em medidas políticas, militares, económicas e humanitárias para pôr fim ao conflito. Quanto mais cedo isso acontecer, melhor. Infelizmente, neste momento, estamos a assistir ao oposto, a um agravamento da situação em Donbas".

O presidente francês, Emmanuel Macron, que acumula a presidência do Conselho da União Europeia apelou ao fim dos confrontos e pediu um regresso às negociações.

"A situação em Donbass, nas últimas horas, é muito preocupante. Há, alegadamente, vítimas e os meus pensamentos vão para as pessoas e famílias que foram visadas. Para ser muito claro, tem havido uma multiplicação de atos de violência. Isso tem de acabar", afirmou Macron.

Kiev negou estar a planear qualquer ofensiva militar em Donbass.

Numa mensagem na rede social Twitter, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, escreveu que o Governo está empenhado "apenas na resolução diplomática dos conflitos".

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Mais de 1500 violações do cessar fogo num só dia no conflito do leste da Ucrânia

Ministro do Interior debaixo de fogo durante visita ao leste da Ucrânia

Moscovo e Kiev acordam trocar 48 crianças deslocadas pela guerra