Realizador premiado pelo filme "Triangle of Sadness".
Terminou este sábado o festival de cinema de Cannes, com a cerimónia em que foram conhecidos os vencedores. Cinco anos após "O Quadrado", o realizador sueco Ruben Östlund repetiu a Palma de Ouro com o filme "Triangle of Sadness."
O sul-coreano Song Kang-ho, do filme "Parasita", venceu o prémio de melhor ator pelo seu desempenho em "Broker", do realizador nipónico Kore-Eda, e a iraniana Zar Emir-Ebrahimi venceu o de melhor atriz pelo seu papel em "Holy Spider", do realizador dinamarquês de origem iraniana, Ali Abassi.
Uma co-produção da Suécia, Alemanha, Turquia e França, "Triangle of Sadness" é uma comédia que satiriza a vida dos passageiros de um cruzeiro num iate de luxo.
Em declarações à Euronews, Ruben Östlund elogiou o cinema europeu e o seu foco em questões sociais prementes, afirmando que este "obriga a refletir sobre aquilo que queremos mudar para construír um mundo melhor." Para o realizador, "é inútil fazer cinema sem este propósito."
Na sua septuagésima quinta edição, o festival celebrou o regresso à normalidade após dois anos de pandemia e celebrou sobretudo o cinema europeu, que arrebatou a maioria dos prémios. Para além do "Triangle of Sadness", destacaram-se também os filmes “Close“, do belga Lukas Dhont, e “Stars at Noon“, da francesa Claire Denis, que foram ambos escolhidos para o grande prémio do júri.
As longas metragens “Le Otto Montagne”, dos belgas Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch, e “EO”, do realizador polaco de 84 anos Jerzy Skolimowski, foram distinguidos com o prémio do júri.
Recorde-se que o filme “Ice Merchants”, do realizador português João Gonzalez, foi premiado na Semana da Crítica da mostra.