Sindicatos querem que UE estipule uma temperatura máxima para se trabalhar

Uma mulher, varredora de rua, caminha na rua L'Hospitalet del Llobregat, perto de Barcelona, a 19 de julho de 2022. Espanha
Uma mulher, varredora de rua, caminha na rua L'Hospitalet del Llobregat, perto de Barcelona, a 19 de julho de 2022. Espanha Direitos de autor PAU BARRENA/AFP
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Sindicatos pedem a Bruxelas que estabeleça uma temperatura máxima para se poder trabalhar ao ar livre depois de mortes em Espanha

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Proteger as pessoas que trabalham ao ar livre, em especial das condições climatéricas mais extremas. É o que pede a Confederação Europeia de Sindicatos à Comissão Europeia.

Os sindicalistas querem que Bruxelas proponha uma legislação comum aos 27 que estabeleça uma temperatura máxima para se poder trabalhar, depois das mortes de trabalhadores em Espanha causadas pelo calor. A entidade recordou, ainda, a morte de 12 pessoas em França, devido a acidentes laborais causadas por altas temperaturas, em 2020.

São poucos os Estados-membros da União Europeia que têm legislação sobre a temperatura nos locais de trabalho. Bélgica, Hungria, Letónia, Eslovénia, Espanha e Portugal têm alguma regulamentação, mas na sua maioria respeitante ao interior, ficando por regular os trabalhos ao ar livre.

Na capital espanhola, por exemplo, os varredores de rua estão agora proibidos de trabalhar durante o turno da tarde quando os termómetros chegarem aos 39 graus. O acordo entre os sindicatos e as empresas madrilenas surgiu este mês, dias depois da morte de um varredor de 60 anos, vítima de um golpe de calor.

Segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde, a melhor temperatura para trabalhar situa-se entre os 16 e os 24 graus e que quando ultrapassa os 30, o risco de acidentes laborais aumenta entre 5 e 7%; quando ronda os 38 graus, a probabilidade de ocorrerem acidentes é entre 10% e 15% maior.

Segundo a Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, na União Europeia 23% de todos os trabalhadores estão expostos a temperaturas elevadas "pelo menos um quarto do tempo", percentagem que sobe para 36% na agricultura e na indústria e para 38% na construção.

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