Organizadores estão revoltados com decisão que proibe parada que deveria realizar-se no âmbito do EuroPride.
Na Sérvia, os organizadores da parada LGBT que deveria ter lugar em Belgrado, no sábado, e foi proibida pela polícia estão revoltados com a decisão, que as autoridades tomaram com a justificação de evitar confrontos com grupos antigay e de extrema direita. A parada deveria acontecer no âmbito do EuroPride, um encontro pan-europeu da comunidade LGBT.
Marko Mihailović, organizador do evento, diz que a decisão não faz sentido: "É escandaloso que, depois de tantos anos de paradas Pride, no ano em que o EuroPride acontece em Belgrado, a parada tenha sido banida, no mesmo dia em que a primeira-ministraAna Brnabić abre uma conferência sobre direitos humanos". "A razão para a proibição é que, supostamente, era uma ameaça à segurança. Mas por que razão não prenderam as pessoas que ameaçam essa segurança?", pergunta.
No domingo, Belgrado foi palco de uma manifestação contra o EuroPride, em que participaram milhares de pessoas, desde grupos de extrema-direita a padres ortodoxos e gangues de motards. O grupo tinha marcado outra manifestação para o dia 17, mas também esse ajuntamento foi proibido pelas autoridades.
A Sérvia é um país muito conservador em que a igreja ortodoxa tem uma grande influência na sociedade, em que as manifestações de homofobia são frequentes, mesmo se a própria primeira-ministra é assumidamente homossexual. O presidente Aleksandar Vučić apoiou a decisão de proibir a parada LGBT, por receio de confrontos.