Rússia prossegue ataques aéreos por toda a Ucrânia

Tanques russos na guerra na Ucrânia
Tanques russos na guerra na Ucrânia Direitos de autor AP/Russian Defense Ministry Press Service
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Enquanto prosseguem os ataques russos na Ucrânia, as forças ucranianas avançam em Kherson. Administração instalada pela Rússia pede retirada de civis

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A contraofensiva militar ucraniana avança na região de Kherson. O exército da Ucrânia anunciou na quarta-feira a reconquista de mais cinco localidades naquela área do sul do país.

Face ao avanço ucraniano, as autoridades de ocupação russas na região de Kherson pediram a Moscovo para organizar a retirada de civis do território, que foi anexado pela Rússia.

Vladimir Saldo, chefe da administração regional instalada pela Rússia disse no Telegram que "todos os residentes da região de Kherson que desejem proteger-se dos ataques de mísseis devem mudar-se para outras regiões russas", deixando um apelo: "Levem os vossos filhos e partam".

Ao mesmo tempo, a Rússia prossegue os ataques com mísseis e drones kamikazes de fabrico iraniano.

O Centro de Resistência Nacional da Ucrânia diz que as forças russas convidaram instrutores do Irão para os ajudar a operar o Shahed-136. O centro, criado pelas Forças de Operações Especiais das Forças Armadas da Ucrânia, diz que os instrutores iranianos estão baseados em regiões ocupadas de Kherson e Crimeia, onde conduzem o treino das tropas russas.

Os ataques generalizados na Ucrânia foram retomados na segunda-feira após uma explosão que danificou a Ponte de Kerch, uma faixa de quase 20 quilómetros que liga a Rússia à Península da Crimeia, anexada em 2014.

Segundo um deputado russo, as forças russas atingiram mais de 70 instalações energéticas na Ucrânia esta semana e ameaçaram uma resposta "ainda mais dura".

Kiev diz que o fornecimento elétrico já foi restabelecido e que "a rede elétrica foi estabilizada".

O gabinete presidencial da Ucrânia diz que 13 pessoas foram mortas e 37 ficaram feridas, nos ataques russos das últimas 24 horas.

Nesta manhã de quinta-feira foi atingida a povoação de Makrariv, a uma pequena cidade a 50 quilómetros de Kiev e foram destruídas infraestruturas críticas.

Houve ataques também em Zaporíjia, Odessa e Mikolaiv, onde uma criança de 11 anos foi retirada dos escombros de um edifício com vida.

Os aliados comprometeram-se a enviar mais armas, nomeadamente sistema de defesa antiaérea.

A Grã-Bretanha disse quinta-feira que forneceria mísseis para sistemas avançados antiaéreos NASAM que o Pentágono planeia enviar para a Ucrânia nas próximas semanas. Está também a enviar centenas de drones aéreos adicionais para recolha de informação e apoio logístico, mais 18 armas de artilharia de howitzer.

O Secretário da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, disse que "estas armas ajudarão a Ucrânia a defender os seus céus de ataques e a reforçar a sua defesa global contra mísseis ao lado da NASAMS dos EUA".

Os sistemas, que Kyiv há muito desejava, irão fornecer defesa de médio e longo alcance contra ataques com mísseis.

A oferta surgiu quando os ministros da defesa da NATO se reuniram em Bruxelas, com o objetivo de ajudar a reforçar as defesas aéreas da Ucrânia após os ataques da Rússia esta semana.

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