Exército francês deixa RCA

Soldados franceses a abandonar Bangui
Soldados franceses a abandonar Bangui Direitos de autor Jerome Delay/Copyright 2020 The AP. All rights reserved.
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De  euronews com Lusa
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Cresce a presença no país dos mercenários russos do grupo Wagner

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O exército francês deixou a República Centro-Africana.

Os últimos 47 soldados da missão logística de França, baseados no aeroporto de Bangui, deixaram o país africano, num avião militar com destino a Paris.

O Governo de Emmanuel Macron decidiu suspender a cooperação militar com a República Centro-Africana devido à presença crescente de mercenários russos do Grupo Wagner.

A população espera agora que as autoridades assegurem a segurança.

"Cabe agora às autoridades Centro-africanas assumir as suas responsabilidades, para proteger toda a população de Bangui e dos campos", diz um centro-africano.

Outro sublinha: "Quando as forças militares chegam à RCA, operam em apoio às forças armadas da RCA. E quando pensam ter atingido os seus objetivos na RCA, é perfeitamente normal que partam e regressem a casa. Pensamos que as outras forças que ainda apoiam a República Centro-Africana, tais como a MINUSCA, as forças russas e ruandesas, poderão em algum momento precisar de abandonar o nosso território para respeitar a soberania estatal da RCA e a soberania do nosso exército".

O grupo paramilitar Wagner guarda as minas de ouro e de diamantes do país e ajuda a manter o Presidente Faustin-Archange Touadera no poder.

Entretanto, esta sexta-feira, o diretor de um centro cultural russo na República Centro-Africana ficou "gravemente" ferido na explosão, disse a embaixada russa no país, no coração da influência de Moscovo em África.

"O chefe da Casa Russa (centro cultural) recebeu um pacote anónimo na sexta-feira, abriu-o e ocorreu uma explosão", disse o serviço de imprensa da embaixada russa, citado pela agência noticiosa oficial TASS, acrescentando que o oficial, Dmitri Syty, foi hospitalizado com "ferimentos graves".

O líder do grupo paramilitar russo Wagner acusou a França de ter cometido o ataque, enquanto a República Centro-Africana acolhe os paramilitares da Wagner, considerados mercenários por França e outros países ocidentais.

"Já entrei em contacto com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia para iniciar um procedimento para declarar a França como um Estado patrocinador do terrorismo", disse Evgeny Prigojine, citado pelo seu serviço de imprensa.

Acusações já negadas por França. "Essa informação é falsa e é até um bom exemplo da propaganda russa e da imaginação fantasiosa que às vezes caracteriza essa propaganda", disse a chefe da diplomacia gaulesa, Catherine Colonna, em Rabat, Marrocos, onde se encontra em visita oficial.

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