Irlanda aderiu à UE há 50 anos

O primeiro-ministro irlandês Jack Lynch assina a adesão do país à CEE em 1973
O primeiro-ministro irlandês Jack Lynch assina a adesão do país à CEE em 1973 Direitos de autor AP/AP
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Hoje, o país e um exemplo de êxito e desenvolvimento económico a seguir

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No dia 01 de janeiro, a Irlanda comemora 50 anos de adesão à União Europeia.

Em 1973, o então primeiro-ministro irlandês Jack Lynch ratificou a adesão do país à CEE, juntamente com o Reino Unido e a Dinamarca.

Duas décadas depois, o "tigre celta", como ficou conhecido o país devido à pujança económica, passou a ser um exemplo a seguir.

"A adesão à União Europeia tirou a Irlanda da sombra da nossa vizinha Grã-Bretanha e permitiu-nos não só ser politicamente independentes, mas também economicamente independentes. Os regulamentos da União ajudaram a modernizar a nossa economia. Os fundos europeus foram vitais para a melhoria das infraestruturas da Irlanda, dos transportes e também de outras áreas", sublinha o antigo primeiro-ministro irlandês, John Bruton.

Desde 1973, o valor do Produto Interno Bruto do país saltou de 3 mil e 500 milhões de libras, o equivalente a 39 mil milhões de euros, para os atuais 120 mil milhões de euros.

A população aumentou de 2,9 milhões para pouco mais de 5 milhões.

Hoje, 63% dos irlandeses possui um curso superior, um valor acima da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que está nos 59%.

Em 2013, a Irlanda deixou de ser um beneficiário de fundos europeus para passar a ser contribuinte.

No entanto, a participação no setor agroalimentar diminuiu nos últimos 50 anos e no setor das pescas há quem lamente a adesão do país à União Europeia.

O deputado independente Thomas Pringle defende que o país perdeu mais do que ganhou com a adesão ao bloco europeu: "Creio que demos muito mais à União Europeia do que alguma vez recebemos. Venho de Killybegs, que é o maior porto de pesca da Irlanda e o que temos dado à União, em termos de direitos de pesca e recursos pesqueiros desde a nossa adesão, anula qualquer coisa que tenhamos recebido dela em pagamentos agrícolas ou em fundos estruturais ou algo do género e penso que destruiu o País".

"A Irlanda aderiu à CEE em 1973 e é agora considerada como um Estado modelo da União Europeia. Quando aderiu era relativamente pobre, agora é um dos países mais ricos per capita do mundo desenvolvido. O êxito irlandês é um lembrete a todos os países que esperam aderir à União de que se a sua candidatura for bem-sucedida e gastarem sabiamente o dinheiro de Bruxelas, também eles podem usufruir de prosperidade semelhante nos anos e décadas vindouros", relata o jornalista da euronews Ken Murray.

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